Setor de serviços cresce 8,3% em 2022 e alcança maior nível desde 2011, diz IBGE

Movimentação de aviões comerciais no aeroporto de Brasília.
Movimentação de aviões comerciais no aeroporto de Brasília.

Segundo o instituto, o resultado positivo foi influenciado por quatro das cinco atividades investigadas pela pesquisa, com destaque para os transportes

DA REDAÇÃO

O setor de serviços apresentou alta de 8,3% em dezembro na comparação com o mês anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o setor cresceu 3,1% frente a novembro, alcançou o patamar recorde desde 2011 e ficou 14,4% acima do nível pré-pandemia.

Para o economista Carlos Eduardo Oliveira, o desempenho positivo foi influenciado pela melhoria das condições sanitárias do Brasil em relação à Covid-19.  “Com a redução do número de infectados com a Covid-19, as pessoas passaram a consumir cada vez mais os serviços, que foi o maior impactado, porque o setor de serviços tem muito na questão presencial”, explica.

O avanço do volume de serviços, de novembro para dezembro de 2022, foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para transportes terrestres (alta de 18,4%) e o de transporte aéreo (28,6%).

Segundo o economista, o segmento de turismo impulsionou a expansão do transporte. “As viagens que tinham parado praticamente devido a pandemia, ocorreram de uma forma mais significativa nesse ano tanto para o transporte aéreo quanto o transporte rodoviário e também para a rede hoteleira. O turismo voltou a respirar e se fortalecer no ano de 2022”, aponta.

Os demais avanços vieram dos serviços profissionais administrativos e complementares (7,7%) e dos serviços prestados às famílias (24%), puxada por segmentos como restaurantes, hotéis, buffets e academias.

Para o empresário e dono do restaurante Olinda Comida Nordestina, localizado em Brasília (DF), Romão Olinda, os últimos dois anos foram marcados por crescimento do negócio. “Com o fim do ciclo da pandemia, as pessoas estavam com a necessidade de sair mais, então identificamos que houve uma migração do delivery para o presencial e observamos o aumento do faturamento e demanda”, diz.

No campo negativo, somente o segmento de outros serviços (-2,1%) retraiu, sob a influência de serviços financeiros auxiliares como corretoras de títulos e valores mobiliários, administração de bolsas e mercados, entre outros. 

Expansão é registrada em 26 Unidades Federativas em 2022

No acumulado do ano, a alta no volume de serviços no Brasil foi acompanhada por 26 Unidades da Federação (UF). Os destaques são para São Paulo (9,7%), Minas Gerais (11,2%), Rio de Janeiro (4%), Rio Grande do Sul (11,3%), Pernambuco (11,2%), Paraná (4,4%) e Mato Grosso (13,8%). Apenas o Distrito Federal (-1,6%) fechou o ano em queda.

Já na passagem de novembro para dezembro houve altas em 22 das 27 UFs, com a principal influência do Rio de Janeiro (5%), seguido por São Paulo (0,8%), Minas Gerais (4,6%) e Distrito Federal (13,4%).
 

Fonte: Brasil 61

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Quer enviar um recado?

Em breve você poderá enviar os seu recado por aqui. Por enquanto, fale conosco pelo WhatsApp!