Os dados do IBGE apontam que o comércio vem mostrando um impacto menor causados pela pandemia
DA REDAÇÃO
Em junho, as vendas no comércio varejista cresceram 8% em relação a maio.
É o que indica a Pesquisa Mensal do Comércio, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (12). O comércio
varejista está relacionado à venda de produtos ou a comercialização de serviços
em pequenas quantidades, ao contrário do que acontece na venda por atacado.
É o segundo mês seguido de crescimento no comércio varejista. Em maio, o
aumento, em relação a abril, foi de 14,4%. Houve um crescimento de 0,9% no
trimestre encerrado em junho. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi 0,1%.
Os resultados mostram, segundo o IBGE, que o impacto com a pandemia do
coronavírus vem sendo menor. “Pelo segundo mês consecutivo, os resultados
mostraram um menor impacto no comércio do quadro de isolamento social devido à
atual pandemia de Covid-19”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
No comércio varejista ampliado , que inclui veículos, motos, partes e peças e
de Material de construção, o volume de vendas cresceu 12,6% em relação a maio,
enquanto a média móvel do trimestre foi 3,9%.
Do total de empresas que participaram da pesquisa, 12,9% relataram impacto em
suas receitas em junho por conta das medidas de isolamento social. O número, no
entanto, é 5,2 pontos percentuais abaixo do registrado em maio, e 15,2 pontos
percentuais em relação a abril.
“É bom lembrar que o mês de abril foi o mês de maior queda com recordes
históricos na maioria dos setores, todos no campo negativo”, acrescentou
Cristiano Santos.
As vendas cresceram em 24 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Pará
(39,1%), Amazonas (35,5%) e Ceará (29,3%). Pressionando negativamente, estão
Rio Grande do Sul (-9,0%), Paraíba (-2,4%) e Mato Grosso (-2%).
Atividades que apresentaram altas
em junho
Na série com ajuste sazonal, na passagem de maio para junho, no comércio varejista,
houve alta em sete das oito atividades pesquisadas. São elas: livros, jornais,
revistas e papelaria (69,1%); tecidos, vestuário e calçados (53,2%); móveis e
eletrodomésticos (31,0%); outros artigos de uso pessoal e dom éstico (26,1%);
equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (22,7%);
combustíveis e lubrificantes (5,6%); e hipermercados, supermercados, produtos
alimentícios, bebidas e fumo (0,7%). O setor de artigos farmacêuticos, médicos,
ortopédicos, de perfumaria e cosméticos apresentou recuo nas vendas frente a
maio (-2,7%).
Comparação com junho de 2019
Considerando a análise dos setores do varejo e varejo ampliado, é possível
perceber que a área de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios,
bebidas e fumo teve a maior contribuição da taxa global de varejo com alta de
6,4% em relação a junho de 2019.
Já o setor de móveis e eletrodomésticos apresentou crescimento de 25,6% no
volume de vendas em relação a junho de 2019, interrompendo três meses
consecutivos de queda. O setor de material de construção também apresentou taxa
positiva no período (22,8%) após quatro meses seguidos com índices negativos.
Apresentaram taxa negativa em relação a junho do passado, setores como
“Combustíveis e lubrificantes” (-16.3%), “Tecidos, Vestuários e Calçados”
(-44,5%) e “Veículos, motos, partes e peças” (-13,7% ).
Fonte: www.gov.br