Por meio de mensagem SMS, a Defesa Civil Nacional envia alertas com informações antecipadas dos riscos de desastres para a região onde a pessoa mora
DA REDAÇÃO
O Governo Federal oferece um serviço à população que pode evitar tragédias causadas por chuvas e deslizamentos. Por meio de mensagem SMS, a Defesa Civil Nacional envia alertas com informações antecipadas dos riscos de desastres e de eventos adversos para a região onde a pessoa mora.
Para se cadastrar no serviço, o cidadão deve enviar um SMS para o número 40199 com o CEP da sua residência ou área que deseja monitorar. O cadastro é instantâneo e o usuário recebe uma confirmação de que o seu celular está apto a receber alertas e recomendações da Defesa Civil. O serviço é gratuito e para inserir mais de um CEP a ser monitorado, basta repetir o procedimento.
“Os alertas são instrumentos importantes para comunicação das populações que vivem em áreas de riscos sobre os perigos a que elas estão submetidas. É uma recomendação da ONU e é importante que as pessoas que recebem esses alertas possam adotar medidas de autoproteção e de proteção comunitária”, ressalta o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Coronel Alexandre Lucas.
Embora não seja possível evitar a ocorrência de fenômenos naturais, as medidas de prevenção são importantes para minimizar os efeitos e evitar mortes.
“É importante que para cada tipo de desastre, as pessoas conheçam as recomendações do alerta. Por exemplo, um alerta de deslizamento indica que uma pessoa que mora em uma área de risco desse perigo, ela tem que sair da sua casa antes que aconteça o deslizamento”, explica o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil.
Já para os alertas de inundações, é preciso que a pessoa evite as regiões onde estão previstos esses fenômenos. “É importante que você não permaneça a pé, nem de bicicleta e nem de carro nesses locais. Nunca passe o seu carro em áreas que estão inundadas porque você não sabe se debaixo daquela água que cobre a rua já tem uma cratera ou um bueiro grande aberto que possa tragar o seu carro”, recomenda o Coronel Alexandre Lucas.
A Defesa Civil também envia alertas sobre vendavais. Nesse caso, as pessoas devem procurar um local fechado e seguro para evitar arremesso de materiais pelo vento. “Nos vendavais, nas chuvas com fortes ventos, muitas árvores caem nas cidades e não são raras as mortes decorrentes de quedas de árvores em cima de pessoas e de veículos”, conclui o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil.
No site do Ministério do Desenvolvimento Regional é possível conferir as recomendações da Defesa Civil Nacional para cada tipo de fenômeno natural.
Inmet
As informações dos alertas repassados à população pela Defesa Civil são produzidas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O instituto emite os alertas de acordo com o fenômeno meteorológico, como tempestades de raio, chuva intensa, queda de granizo, geada, neve, ondas de calor ou frio. A escala de perigo dos fenômenos climáticos do Inmet é composta por três tipos de alerta, seguindo convenção internacional: o amarelo, o laranja e o vermelho.
No caso das chuvas, a escala de perigo depende da intensidade. “Chuvas de 30 a 50 mm em um dia, o alerta é amarelo; quando as chuvas passam de 50 mm no dia, passa a ser alerta laranja; já quando essa chuva passa de 100 mm em um dia, passa a ser o alerta vermelho”, detalha Francisco de Assis, meteorologista do Inmet.
Para o período de 14 a 21 de março, o boletim do Inmet prevê chuvas intensas em diversas regiões do país. Segundo o órgão, as regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e alguns estados do Nordeste foram classificados como risco laranja de perigo, e devem ficar atentos à possibilidade de volume de chuvas acima do esperado.
Na Região Sul, parte dos estados do Paraná e Santa Catarina está em alerta amarelo para chuvas. A classificação significa que o volume de precipitação pode variar entre 20 e 30 milímetros (mm) por hora, com acumulado diário de até 50 mm. Os ventos podem variar entre 30 a 40 quilômetros por hora (km/h), e não devem passar de 50 km/h.