Saneago vai dispensar a água do Daia em 2020

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Segundo a gerente regional da empresa, Tânia Valeriano, a ideia será realidade em oito meses

Por Priscila Marçal

O sofrimento dos moradores de 48 bairros da região sul de Anápolis está perto do fim. Há anos eles amargam as consequências dos constantes desabastecimentos de água, situação que a Saneago promete resolver rápido. A empresa anunciou que este foi o último ano em que a cidade dependeu da água do Distrito Agroindustrial, o Daia. A gerente regional da Saneago, Tânia Valeriano, disse que serão realizadas várias intervenções em um prazo curto, até julho do ano que vem, quando toda a cidade passará a ser abastecida pela mesma rede: o Sistema Piancó.

Atualmente, 29 mil residências, situadas na região sul de Anápolis, é abastecida pelo Sistema Daia, e não pelo Sistema Piancó, como o restante da cidade. Isso acontece há mais de 20 anos, desde que a Saneago passou a comprar água tratada do Daia para fornecer a esses moradores. O problema é que neste ano a estiagem fez com que o nível do Ribeirão Caldas, de onde a água do Daia é captada, baixasse a quase zero, o que prejudicou o abastecimento das empresas instaladas no distrito, e, por consequência, das residências da região sul.

“Este foi o pior desabastecimento que eu já presenciei na cidade, desde que a Saneago começou a utilizar o Sistema Daia. Por isso, optamos por não depender mais desse contrato. Agora nosso desafio é estender o abastecimento pelo Sistema Piancó a esses bairros da região sul”, disse Tânia Valeriano.

Próximas intervenções

Segundo a Saneago, dos 48 bairros da região, 22 já passaram a ser abastecidos pelo Piancó nos últimos meses. Para contemplar os outros 26 setores a Saneago precisará fazer uma série de intervenções nas redes de abastecimento.

O primeiro passo é aumentar a capacidade da Estação de Tratamento de Água (ETA). Atualmente o Piancó tem capacidade para bombear até mil litros por segundo, mas a ETA está preparada para tratar apenas 820 litros por segundo. “Vamos implantar ETAs compactas. São módulos de alumínio que tem a capacidade para tratar até 50 litros por segundo cada, somando a produção de água da atual ETA”, explicou Tânia.

A segunda medida será aumentar a quantidade de água captada. “A princípio, não vamos aumentar o bombeamento do Ribeirão Piancó. A alternativa é utilizar água de 17 poços artesianos que já estão perfurados na cidade. Essa água já é praticamente tratada, o que desafoga a demanda da ETA”, afirmou.

Por fim, a Saneago irá construir 30 quilômetros de rede de água, que fará a ligação de todos esses sistemas aos bairros da região sul. “Vamos construir estações de bombeamento até os bairros mais distantes, como a Vila São Vicente e o Residencial do Trabalhador”, finalizou.

A gerente regional da Saneago reconhece que o prazo é curto para executar todas essas intervenções, mas garante que na próxima estiagem a região sul já não dividirá mais água com as indústrias de Anápolis.

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