Remédios contra o câncer ainda estão em falta no SUS desde novembro de 2020

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Embora constem na lista de medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o atraso de mais de um ano na disponibilização de dois imunoterápicos para tratamento do melanoma não cirúrgico – um tipo agressivo de câncer de pele – pode comprometer a cura e abreviar a vida de três mil pacientes com a doença.

DA REDAÇÃO

Incorporados na lista do SUS desde novembro de 2020, os medicamentos Pembrolizumabe e Nivolumabe custam, em média, R$ 17 mil e R$ 4 mil, respectivamente, mas desde a aprovação pela Comissão da Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), o Ministério da Saúde ainda não definiu como será feita a aquisição dessas drogas.

Os medicamentos também são eficazes no tratamento do câncer de pulmão, de rim e ginecológico.

A Fundação Oncoguia, que defende os direitos de pacientes com câncer, enviou um ofício ao Ministério da Saúde pedindo uma explicação pela demora na liberação dos medicamentos, mas não obteve resposta.

O que o Ministério da Saúde precisa estabelecer é se as compras dos remédios serão feitas diretamente pela pasta ou via autorização de procedimentos ambulatórios, a chamada APAC.

Nesse caso, a unidade de saúde, mediante autorização do Ministério da Saúde, recebe a verba para a compra dos remédios.

A presidente da Fundação Oncoguia, Luciana Holtz explica que essas drogas são atualmente as mais promissoras e eficazes para o tratamento de melanoma. Segundo ela, esse tipo de demora é determinante para salvar a vida de muitos pacientes ou mesmo estabilizar a doença.

O melanoma é um tipo de câncer de pele em que as células que compõem esse órgão crescem de forma descontrolada. A incidência dessa doença aumentou nas últimas décadas, e, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer, no Brasil são registrados anualmente cerca de 6.260 novos casos, com 1.794 óbitos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano são diagnosticados 132 mil novos casos de melanoma no mundo. Esse é considerado o tipo mais grave e com maiores chances de provocar metástases, quadros em que a doença se dissemina para outros órgãos.

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