Perspectiva é de que o número de pessoas acima dos 60 anos aumente de 33 mil para 88 mil, gerando enorme demanda por cuidadores profissionais
Texto de José Aurélio Mendes Soares
Aquela máxima de que o Brasil é uma nação jovem já não é mais verdade. O país envelhece e rápido. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2050 o número de brasileiros acima dos 60 anos irá mais do que dobrar, passando de 24 milhões para 64 milhões de idosos.
Para ter uma ideia da velocidade do envelhecimento, a França levou um século para que a população com idade igual ou superior a 65 anos aumentasse de 7% para 14%. Aqui, isso vai ocorrer em duas décadas. Em Anápolis isso significa sair de um total de 33 mil para 88 mil idosos.
Sendo assim, teremos mais produtos e serviços para esse público, como academias e agências de viagens especializadas”, diz Márcio Minamiguchi, demógrafo do IBGE. O cuidadores é um dos cargos que irão surgir ou ascender com a inversão da pirâmide etária no Brasil. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o número de cuidadores de idosos, por exemplo, passou de 23.949, em 2014, para 36.720, em 2018. A ocupação que mais cresceu entre os anos de 2007 e 2017.
Futuro promissor
O aumento do interesse por essa carreira é sentido pela cooperativa de profissionais de saúde Quadricoop, de Anápolis. Criada em 2018, começou este ano a oferecer serviços especializados de cuidado à idosos. Para atender a todo tipo de necessidade, a Quadricoop investiu tanto na captação de cooperados com formação profissional, quanto no treinamento de novos cuidadores.
Tudo dentro da nova legislação que reconheceu e regulamentou a profissão. “Hoje em dia, todo mundo tem um idoso na família, que merece ser bem atendido em todas as suas necessidades. Um mercado em franca expansão que estamos empenhados em satisfazer”, conclui o médico.
