A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (11) o ex-governador do estado de Goiás Marconi Perillo (PSDB) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Cabe agora ao Ministério Público Federal (MPF) em Goiás decidir se vai denunciar o ex-governador à Justiça Federal.
Mais cedo, o desembargador Olindo Menezes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), determinou a soltura de Perillo. No despacho, ele afirmou que concedeu liberdade ao ex-governador porque “todas as suspeitas da autoridade policial e do magistrado devem ser apuradas, mas isso não equivale a que os investigados sejam presos de logo, sem culpa formada”. O magistrado também explicou que a decisão não implica que o preso “seja inocente”.
Marconi Perillo foi preso na quarta-feira (10), enquanto prestava depoimento, em Goiânia. Durante mais de cinco horas de oitiva, ele respondeu a mais de cinquenta perguntas. Ele é alvo da operação Cash Delivery, que investiga o pagamento de R$ 12 milhões em propinas pagas pela Odebrecht a suas campanhas eleitorais.
O advogado do tucano, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, declarou que a prisão foi “arbitrária e infundada”. Kakay também criticou a deflagração da operação próximo às eleições. Marconi Perillo se candidatou ao Senado neste ano, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger.
Fonte: Jovem Pan