Polícia faz balanço da maior operação de combate à violência contra mulher

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Divulgação foi durante reunião entre o governador Ronaldo Caiado, primeira-dama Gracinha Caiado, primeiras-damas municipais e servidores da assistência social das cidades goianas

DA REDAÇÃO

A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira (8/03), Dia Internacional da Mulher, o balanço da Operação Resguardo para representantes dos 246 municípios goianos. A ação policial foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e aconteceu de forma simultânea nos 26 estados e no Distrito Federal, com diversas diligências realizadas desde janeiro deste ano até dia 5 de março. O objetivo foi o combate à violência doméstica e familiar. Em Goiás, foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão, além de medidas protetivas de urgência.

A videoconferência foi promovida pela coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais e presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), primeira-dama Gracinha Caiado e teve a presença do governador Ronaldo Caiado. Participaram primeiras-damas municipais, servidores da assistência social das cidades goianas, o secretário de Segurança Pública do Estado (SSP-GO), Rodney Miranda, o delegado geral da Polícia Civil Alexandre Lourenço, o comandante geral da Polícia Militar coronel Renato Brum dos Santos, a titular da 1ª Delegacia da Mulher de Goiânia Paula Meotti e a comandante do Batalhão Maria da Penha tenente-coronel Michella Rodrigues Pires.

Após a apresentação dos números, o governador Ronaldo Caiado ressaltou os avanços que a área de segurança pública têm obtido e a importância disso especialmente para as mulheres de todas as regiões de Goiás. “A área de segurança pública tem sido motivo de orgulho para todos nós. Estamos melhorando todos os índices e conseguindo fazer com que haja presença do Estado em todos os 246 municípios, dando condição para que as mulheres sejam atendidas de forma mais efetiva e não apenas ficando sem acreditar que existe o braço da segurança pública naquelas regiões mais distantes do Estado de Goiás”, observou.

Durante a reunião, Gracinha Caiado reafirmou o compromisso do Governo de Goiás, no intuito de acabar com “a cultura da violência e do estupro”. “Sabemos que cada mulher que tem o seu corpo violentado, é a nossa própria sociedade que sofre. Essa dor e essa luta precisam ser tratados como uma dor e uma luta de todos nós. Essas mulheres merecem ter uma vida digna e plena, merecem ser protegidas e merecem todo nosso apoio. Estamos aqui para dizer que não aceitamos mais essa violência. Tenho certeza de que estamos na mesma luta, de que estamos juntos do lado da dignidade, da paz e da segurança”, ressaltou.

Para o chefe da SSP-GO, ações como essa demonstram o trabalho que vem sendo desempenhado pelas forças policiais e trazem uma mensagem aos agressores e pessoas que perpetuam a violência doméstica e familiar. “Eu acredito que não haja o que comemorar, já que no dia 8 de março de 2021, ainda estamos debatendo formas, meios de prevenir e reprimir essa violência, que acontece por abuso de confiança, entre quatro paredes. Devíamos já estar vivendo em um ambiente de respeito”, disse. “As forças de segurança estão trabalhando com firmeza e rigor, para mostrar para esses covardes que Goiás não é local para esse tipo de violência e violência nenhuma”, completou Rodney Miranda.

O delegado- geral da Polícia Civil, Alexandre Lourenço, falou sobre a intensificação dos trabalhos da corporação, com o cumprimento de mandados de prisão e outras medidas cautelares, contra a violência doméstica. O objetivo, segundo o delegado-geral da Polícia Civil, é ampliar o atendimento a essas vítimas, em todo o Estado. “É uma forma de diminuir a presença do agressor na sociedade e de expressão da repressão criminal. O trabalho tem sido feito para que unidades de atendimento familiar sejam levadas a cada uma das delegacias de Goiás”, afirmou.

Balanço da Operação Resguardo

Dados da Operação Resguardo, mostram que a Polícia Civil realizou 135 prisões. Foram instaurados 1.920 inquéritos policiais e concluídas outras 1.806 investigações. Por meio da ação, foram expedidas 1.233 medidas protetivas de urgência. Foram também cumpridos 17 mandados de busca, que resultaram na apreensão de 141 armas de fogo, dentre outros objetos. A operação foi a maior já realizada no país, no combate a violência contra a mulher.

Durante a apresentação do resultado da ação, a delegada Paula Meotti, titular da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia, destacou a importância de operações como essa, que encorajam as vítimas a denunciarem esse tipo de violência. “Operações grandiosas como essa representam um verdadeiro chamado a essas mulheres, para que peçam ajuda, rompam o ciclo da violência e ajudem o Estado como um todo a diminuir as estatísticas”, pontuou.

A delegada ainda comentou sobre o perfil das mulheres vítimas de feminicídio. “Boa parte das mulheres que são vitimadas sequer tinham registrado ocorrência contra esse agressor. Então a gente sabe que essas mulheres que permanecem no silêncio, têm mais chance de serem vitimadas” ponderou.

A Paula Meotti destacou também o papel que a sociedade desempenha, no combate à violência doméstica e familiar. “Existem ações policiais muito contundentes nesse sentido e a população também precisa participar, porque sabemos que a violência contra a mulher possuí um viés cultural. São crimes que muitas vezes demandam comportamento machista, em que o papel da mulher é tido como inferior, em que essa mulher é tida como propriedade do parceiro. Então temos que adotar sempre medidas, para que possamos discutir esse papel em sociedade e possamos nos envolver enquanto sociedade também”, enfatizou.

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