Pesquisa aponta que 97% das mulheres já sofreram assédio no transporte público ou privado

assedio_no_onibus_-_divulgacao_secretaria_da_mulher_do_df

O levantamento foi feito pelo Instituto Locomotiva e Instituto Patrícia Galvão, e os resultados são assustadores

DA REDAÇÃO

Quase todas as brasileiras com mais de 18 anos (97%) afirmaram que já passaram por situações de assédio sexual no transporte público, por aplicativo ou em táxis, segundo pesquisa dos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, com apoio da Uber.

Os institutos entrevistaram, em fevereiro deste ano, 1.081 mulheres que utilizaram transporte público ou privado nos 3 meses anteriores à data do início do estudo. As entrevistadas foram ouvidas em todas as regiões do Brasil: Sudeste: 38% (416 entrevistas), Nordeste: 22% (236), Centro-Oeste+Norte: 20% (219) e Sul: 20% (210).

Os pesquisadores mostraram para as entrevistadas uma lista com as principais queixas de assédio. E quase todas as mulheres responderam que já passaram por ao menos uma das situações, como olhares insistentes (41%) no transporte coletivo, (10%) no transporte por aplicativo e (11%) no táxi, cantadas indesejadas (33%) no coletivo e (9%) nos aplicativos e táxis.

A maioria das mulheres (71%) também afirmou conhecer alguma mulher que já sofreu assédio em espaço público, segundo o levantamento.

De acordo com a pesquisa, para 72% das mulheres, o tempo para chegar ao trabalho influencia na decisão de aceitar ou ficar em um emprego. Segundo dados da PNAD contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), das 92 milhões de brasileiras adultas, 40 milhões trabalham, 8 milhões estudam, 33 milhões foram a bares no último mês e 82 milhões fizeram compras em supermercados.

Apesar de tantos deslocamentos, 46% das mulheres não se sentem confiantes para usar meios de transporte sem sofrer assédio.

Direitos

Confira os cuidados que a mulher pode ter e os direitos que ela pode reivindicar em casos semelhantes, inclusive em casos de assédio sexual em ambiente de trabalho:

Entrevista concedida pelo especialista em direito Rodrigo Belmonte à Rádio Imprensa 104,9:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Quer enviar um recado?

Em breve você poderá enviar os seu recado por aqui. Por enquanto, fale conosco pelo WhatsApp!