“A assessoria não passou para ele [os dados corretos], não escutou nem o Tesouro Nacional e nem o Paulo Guedes. Isso não tem nada a ver com pandemia, Goiás herdou essa situação catastrófica”, declarou Caiado, que ainda afirmou que mostraria a Bolsonaro que Goiás “tem mais condições de fazer a retomada em 2022”.
DA REDAÇÃO
O governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou na manhã desta sexta-feira (17) que o presidente Jair Bolsonaro, do PL, pode estar “mal assessorado” e que ingresso de Goiás no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) não tem relação com pandemia. A declaração vem após Bolsonaro dizer numa live com o deputado federal Vitor Hugo (PSL) que vai “esperar um pouco mais” para assinar a entrada do Estado no regime.
O governo de Goiás se movimenta para aderir ao RRF desde 2019. O regime, que tem as privatizações com uma das condições para a entrada, foi criado para fornecer aos Estados com desequilíbrio financeiro grave ferramentas para o ajuste de suas contas.
Em live na última quinta-feira (16), o presidente Bolsonaro – do qual Goiás depende para entrar no RRF – disse que iria “esperar mais um pouco para tomar conhecimento do assunto e então dar prosseguimento a esse pedido do governador de Goiás”. Segundo o mandatário na transmissão, a questão fiscal no Estado e o pedido de adesão ao RRF têm relação com as políticas de combate à Covid-19.
“Estamos sofrendo as consequências na economia e lá atrás vocês lembram quando muitos governadores, prefeitos e o povo falavam ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’, bem está chegando a questão da economia”, disse Bolsonaro.