Referência em saúde para os municípios vizinhos, Anápolis tem crescido na oferta de serviços públicos e particulares
Por Priscila Marçal
Anápolis é referência em saúde para municípios vizinhos. Quase todos os serviços de saúde que são oferecidos em Goiânia, ou, Brasília, por exemplo, são, também, ofertados aqui.
Só para se ter uma ideia, a cidade recebeu postos avançados para o atendimento: são 90 unidades de saúde públicas municipais, de acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Saúde, o CNES. Essas unidades atendem, além de pacientes de Anápolis, a milhares de pessoas vindas de cidades vizinhas em buscas de melhores condições de saúde. Anápolis é referência para 11 municípios da microrregião Pirineus que pactuaram quase todos os serviços de saúde oferecidos aqui. Em relação a serviços mais especializados, como oncologia, UTI e outros, a rede se expande, passando de 90 municípios.
A média de pacientes referenciados à cidade passa de 2 milhões de pessoas para os atendimentos de média e alta complexidade. Isso sem contar os serviços de urgência e emergência, que atendem qualquer pessoa que esteja no município, sem necessidade de referenciamento.
Investimentos em saúde
Para atender bem a toda essa demanda, o município precisa desembolsar uma boa quantia por mês em investimentos. No ano passado, por exemplo, foram gastos R$ 190.594.432,00 milhões de reais em saúde aqui em Anápolis, considerando as despesas empenhadas. Isso corresponde a 27,74% do total arrecadado no ano, bem maior que a média estabelecida por lei que é de 15% do orçamento municipal.
Para o secretário de saúde de Anápolis, Júlio Cesar Espíndola, esse volume de investimentos é necessário para garantir o bom funcionamento da rede de saúde. “Queremos investir mais porque entendemos que quando temos uma população saudável toda a cidade ganha com isso. Também pretendemos fazer mais com menos, a boa gestão do dinheiro público garante um serviço de qualidade”, disse.
As unidades públicas de saúde em Anápolis
Só para se ter uma ideia, a cidade recebeu postos avançados para o atendimento: são 90 unidades de saúde públicas municipais, de acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Saúde, o CNES. Dentre elas, unidades de saúde, Centros de Atendimento Integral à Saúde (CAIS); Unidades de Pronto Atendimento (UPAs infantil, adulta e geriátrica); entre outras, como a instalada pelo governo do Estado, o Hospital Regional de Urgências “Doutor Henrique Santillo”.
Somam-se a essa estrutura, os serviços ofertados pelos chamados hospitais filantrópicos, como a Maternidade “Doutor Adalberto Pereira da Silva” surgida nos anos 60 e que, de forma ininterrupta, oferece assistência a parturientes de Anápolis e região. E, também, o Instituto de Psiquiatria, antigo Sanatório Espírita, que faz atendimento a centenas de pacientes mentais, além da Santa Casa de Misericórdia, detentora de um volumoso projeto assistencial de saúde. Anápolis se destaca, ainda, pela quantidade de hospitais de especialidade, como o Hospital de Olhos, Hospital de Queimaduras, Hospital de Rins e o Hospital-dia do Idoso.
O protagonismo no combate à pandemia
O secretário de saúde, Júlio César Espíndola, disse que o investimento valeu a pena. “Enquanto muita gente dizia que esse investimento era precipitado, nós conseguimos garantir uma boa rede de atendimento para os moradores da cidade. Nenhum anapolino morreu de Covid-19 por falta de atendimento. Até no período mais crítico da doença aqui na cidade nós conseguimos atender a todos. Não faltou leitos para os que adoeceram por Covid-19”, explicou.
Foi em Anápolis que a campanha de vacinação contra a Covid-19 começou. A primeira goiana a receber a dose de esperança é anapolina; A moradora de um abrigo de idosos, dona Maria Conceição da Silva, de 73 anos, foi imunizada pelo próprio governador Ronaldo Caiado, que é médico. Na época ela fez um emocionante depoimento: “Eu estou feliz, mas vou ficar completamente feliz quando todo mundo estiver vacinado também”.
E estamos perto de alcançar esse desejo da dona Maria Conceição. Depois dela, quase 3 milhões de goianos foram imunizados. E Anápolis se destacando na campanha de vacinação. Aqui na cidade, a cobertura já é de 55% com a primeira dose e 20% com a segunda dose ou a dose única, isso levando em consideração a população vacinável, ou seja, aqueles que tem mais de 18 anos e podem receber doses da vacina.
História da saúde em Anápolis
Foi no final da década de 20 que Anápolis ganhou seu primeiro hospital. O médico e missionário James Fanstone transformou sua casa em uma extensão para atender a doentes de várias partes de Goiás e, até, de outros estados. Hoje, após 94 anos, o Hospital Evangélico Goiano continua sendo uma referência no Centro Oeste.
Depois do Evangélico, vários outros hospitais particulares foram abertos. Anápolis chegou a contar com cerca de 20 casas de saúde em funcionamento simultâneo. O primeiro hospital público do município (na verdade, Pronto Socorro Municipal) surgiu no final da década de 60, no governo do, então, Prefeito Raul Balduíno de Sousa. Com o crescimento da Cidade e a falta de espaço físico, o Hospital Municipal se apequenou e hoje não suporta, mais, a demanda a ele direcionada.