União Química prevê produção mensal de 8 milhões de imunizantes a partir de abril. Governo Federal se compromete a comprar cerca de 10 milhões de doses da farmacêutica
DA REDAÇÃO
Governadores e representantes de 18 estados brasileiros e do Distrito Federal estiveram na manhã desta terça-feira (02/03) na sede União Química, em Brasília, em busca de informações sobre a capacidade de produção de vacinas contra a Covid-19. Os gestores estaduais formam o consórcio denominado Fórum dos Governadores. Ao lado de representantes do Ministério da Saúde, procuradorias da Câmara e do Senado e da Embaixada da Rússia, os governadores cobraram soluções para ampliar a compra do imunizante, com prioridade para o governo federal, responsável pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).
O presidente da União Química, Fernando de Castro Marques, explicou que somente em abril a farmacêutica terá capacidade de produção industrial. Responsável pela vacina russa Sputnik V, a União Química prevê uma produção mensal de 8 milhões de doses. “Estamos com dois cientistas russos acompanhando essa última fase. Dia 08, segue para Moscou para certificação e aprovação. Daí, pedimos a inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para começar o processo industrial do IFA no Brasil”, disse Marques.
O Governo Federal já fez o compromisso de comprar cerca de 10 milhões de doses da farmacêutica. Porém, a produção ainda depende de autorizações da Anvisa. Wellington Dias, governador do Piauí, contou que a farmacêutica já entregou os documentos para obter autorização para uso emergencial e definitivo junto à agência. Ele afirmou que o Fórum solicitou à União Química um cronograma de produção de doses da vacina até a próxima semana, para que cada governador possa planejar a entrega aos municípios e acelerar a imunização dos brasileiros.
Os governadores também defendem a tese de Ronaldo Caiado de que nenhum estado deve ter prioridade sobre o outro e falam em respeito ao PNI. “Já está decidido. Neste momento, quem vai comprar é o Ministério da Saúde, o governo federal. Se houver algum fornecedor futuro, nós também compraremos.” disse o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.
A visita estava confirmada na agenda do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que não compareceu por ter apresentado um quadro febril durante a noite. Ele comemorou os resultados da reunião por meio de suas redes sociais: “No que depender da nossa parte, enquanto governadores, vamos cada vez mais unir forças para que a nossa população esteja toda vacinada o mais rápido possível”, disse.