Itália quer que extradição de Battisti aconteça “o mais rápido possível”

Italian ultra-leftist militant Cesare Battisti gestures during an interview with AFP in Cananeia, Sao Paulo state, Brazil on October 20, 2017.  
The Brazilian government wants to extradite former ultra-leftist militant Cesare Battisti to Italy, but will wait for the supreme court to resolve an habeas corpus filed by its lawyers to prevent it, Brazilian Justice Ministry Torquato Jardim said on October 13, 2017. Battisti was convicted of murder in his home country and has been on the run for decades.

 / AFP PHOTO / Miguel SCHINCARIOL / TO GO WITH AFP STORY by ROSA SULLEIRO
Italian ultra-leftist militant Cesare Battisti gestures during an interview with AFP in Cananeia, Sao Paulo state, Brazil on October 20, 2017. The Brazilian government wants to extradite former ultra-leftist militant Cesare Battisti to Italy, but will wait for the supreme court to resolve an habeas corpus filed by its lawyers to prevent it, Brazilian Justice Ministry Torquato Jardim said on October 13, 2017. Battisti was convicted of murder in his home country and has been on the run for decades. / AFP PHOTO / Miguel SCHINCARIOL / TO GO WITH AFP STORY by ROSA SULLEIRO

A Itália reivindicou neste domingo a extradição, o mais rápido possível, do italiano Cesare Battisti, condenado no país por quatro homicídios na década de 70 e detido na Bolívia após ter fugido do Brasil.

O presidente da República, Sergio Matteralla, comemorou a detenção do ex-militante de esquerda e pediu que seja “prontamente entregue para que cumpra pena pelos graves crimes” pelos quais deixou a Itália há quatro décadas.

O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, afirmou que as famílias das quatro vítimas “poderão finalmente obter justiça”.

O ministro das Relações Exteriores, Enzo Moavero Milanesi, explicou que a detenção foi realizada graças a “uma ação coordenada entre as autoridades da Bolívia e do Brasil” e disse que o trabalho continua para que “a extradição aconteça o mais rápido possível”.

Já o ministro do Interior, Matteo Salvini, a quem o presidente Jair Bolsonaro dedicou a detenção, expressou seu desejo de que Battisti chegue à Itália nesta segunda-feira.

Em um ato em Milão, Salvini tachou Battisti de “assassino comunista” e “maldito criminoso”, disse que ele “deverá apodrecer na prisão até o último de seus dias” e criticou a parte da esquerda que o defendeu no passado.

O italiano, de 64 anos, foi membro da grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas, e foi condenado à prisão perpétua por quatro homicídios entre 1977 e 1979, que ele nega ter cometido.

No entanto, o militante fugiu e, após se refugiar na França e no México durante décadas, chegou ao Brasil em 2004, onde viveu escondido até sua detenção em 2007.

O Superior Tribunal Federal aceitou sua extradição em 2009 em uma decisão não-vinculativa, que deixou o destino de Battisti nas mãos do então chefe de Estado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a rejeitou em 31 de dezembro de 2010, o último dia de seu segundo mandato.

Em dezembro, o STF ordenou sua detenção com fins de extradição, uma decisão ratificada pelo então presidente Michel Temer e apoiada por seu sucessor, Jair Bolsonaro.

Por isso, desde 14 de dezembro Battisti estava foragido e finalmente foi detido na Bolívia, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, enquanto caminhava pela rua tranquilamente e com óculos escuros, segundo um vídeo divulgado pela polícia italiana.

No momento da detenção, Battisti não impôs resistência, respondeu em português e mostrou um documento de identidade brasileiro.

Com informações da EFE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Quer enviar um recado?

Em breve você poderá enviar os seu recado por aqui. Por enquanto, fale conosco pelo WhatsApp!