Aportes financeiros e investimento em infraestutura ultrapassam 120 bilhões
DA REDAÇÃO
A notável procura por energia solar tem colocado o Brasil no mapa de investidores e empreendedores. Privilegiado com alta incidência de irradiação solar, o país pode se revelar um dos líderes desse que é um dos mercados com maior crescimento nos últimos anos.
A energia solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 120,8 bilhões em investimentos, ultrapassando a eólica e se tornando a segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR) . Conforme a Absolar, esse mercado já gerou ao país mais de R$ 36,6 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e produziu mais de 690 mil empregos.
Ao que tudo indica, tamanho crescimento ainda será mais impulsionado pela isenção que acabou no último dia 06 de janeiro, estimulando assim a instalação de placas fotovoltaicas em telhados residenciais, prédios, empresas e áreas rurais.
“O avanço da fonte solar no país é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. A tecnologia ajuda a diversificar a matriz elétrica, aumentar a segurança de suprimento, reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e proteger a população na alta da conta de luz”, explica Douglas Andrade, dono da empresa Solar Power Photovoltaic.
O setor possui mais de 7 GW em geração centralizada de energia composta por grandes usinas fotovoltaicas. Esse mercado representa aproximadamente R$ 31,3 bilhões em investimentos e mais de 212 mil empregos acumulados, além de oferecer arrecadações superiores a R$ 10,8 bilhões, segundo a Absolar.
O empreendedor ainda alerta para a necessidade do governo nacional atualizar suas políticas públicas, evitando assim o risco de perder o melhor timing de oportunidade. “Quem já vem trabalhando no mercado tem visto a demanda crescer mês a mês. Instalações de painéis solares em telhados residenciais e comerciais confirmam as previsões de amplo crescimento. “Nosso país possui um dos melhores “recursos solares do planeta”, pontua.
No entanto, ainda faltam boas políticas públicas para podermos almejar a liderança solar em âmbito mundial”, diz Andrade. Para o Brasil se tornar a potência sustentável que almeja, figurando até mesmo como um potencial líder do mercado, será preciso inverter a lógica das políticas energéticas implementadas no território nacional.
“É preciso diminuir subsídios, incentivos e desonerações às fontes fósseis e aumentar o apoio às fontes limpas e renováveis. É nessa direção que o mundo caminha e é isso que a sociedade brasileira e a comunidade internacional esperam de nossos líderes, ou seja, um projeto de estado alinhado com um desenvolvimento que já se estabelece como inevitável”, conclui o empreendedor.