Fronteira com o Brasil foi fechada pelo governo venezuelano na última semana – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governo brasileiro negociou, neste domingo (24), a retirada do aparato militar da fronteira da Venezuela com o Brasil, em um esforço para evitar novos atos de violência entre a Guarda Nacional Bolivariana e venezuelanos que tentam atravessar a fronteira em Roraima.
Em nota, o Ministério da Defesa informou que as autoridades venezuelanas retiraram veículos antidistúrbio que estavam no lado do país vizinho e o controle de acolhidos venezuelanos no lado brasileiro foi reforçado.
“O Ministério da Defesa intercedeu para que novos incidentes, na linha de fronteira, envolvendo venezuelanos e a Guarda Nacional Bolivariana, não voltem a se repetir”, disse a pasta. “A fronteira do Brasil continua aberta para acolher os refugiados”, completou.
Crise
Desde a intensificação da crise política e econômica que atinge a Venezuela, o governo federal vem atuando para acolher humanitariamente venezuelanos que atravessam a fronteira em busca de melhores condições de vida. Na última semana, o governo venezuelano fechou as fronteiras com o Brasil e a Colômbia, resultando em uma escalada da violência entre militares do país vizinho e venezuelanos que tentam sair da Venezuela.
Em nota divulgada neste domingo, o Palácio do Planalto afirmou que continua monitorando de perto a situação da crise na Venezuela e que voltará a fazer o transporte de alimentos para realizar ajuda humanitária na região quando a situação diplomática e de segurança esteja mais clara. “Novos deslocamentos serão planejados à medida que os meios de transportes estejam disponíveis e a situação diplomática e de segurança esclarecidas”, disse o Planalto.
Grupo de Lima
O vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, viajam, neste domingo (24), para Bogotá. Eles vão participar de reunião do Grupo de Lima, que acontece na segunda-feira (25). O encontro contará com a presença do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, e vai debater a crise na Venezuela.
Fonte: Planalto