Após o pior mês desde o início da pandemia, nos últimos 10 dias houve uma queda considerável na internação de pacientes graves e o sistema de saúde passa por um momento de estabilização
DA REDAÇÃO
Em Anápolis, os números de casos, óbitos e internações graves começam a dar indícios de que a segunda onda da Covid-19 pode estar em declínio. Assim como o Estado e todo o país, a cidade viveu em março o pior mês desde o início da pandemia. Técnicos da área da saúde já diziam que era o chamado “pico da onda” e que logo em seguida viria o início da queda. Ao que tudo indica, ela chegou e começa a aliviar a pressão no sistema municipal de saúde.
Nos últimos 10 dias, a ocupação dos leitos de UTI exclusivos para pacientes de Anápolis caiu de 89 para 60 leitos ocupados. Tendo em vista que a cidade conta com 93 leitos desta natureza, a ocupação hoje seria de aproximadamente 65%. Segundo a equipe da Secretaria Municipal de Saúde que analisa os dados da pandemia em Anápolis, um dos principais motivos da queda foram as ações restritivas do mês de março. Segundo eles, os reflexos de uma medida restritiva no sistema de saúde acontecem dias, ou até semanas, após as ações. “Se o município não tivesse tomado medidas mais duras durante a segunda onda em março, os números mostram que o resultado poderia ser catastrófico. Hoje, os dados mostram que as medidas ajudaram a controlar a segunda onda”, diz o secretário municipal de saúde, Júlio Spindola.
Novo decreto
A expectativa agora fica por conta de um novo decreto por parte do executivo municipal. Nesta quarta-feira (14), encerra-se o ciclo de 14 dias previsto no Decreto Estadual. Este decreto prevê o chamado revezamento 14×14 e, portanto, se o município seguir acompanhando o Governo do Estado, as atividades econômicas voltam a ter restrições mais severas. Porém, com essa recente estabilização no sistema de saúde e os novos dados apresentados, existe a possibilidade que Anápolis volte a adotar a matriz de risco municipal. Segundo esta matriz, uma ocupação de leitos de UTI abaixo de 90% – como é o caso agora – coloca o município no chamado “risco moderado de colapso no sistema de saúde”, que tem regras parecidas com o que a cidade está seguindo hoje. Nos próximos dias, a equipe ténica da SEMUSA vai se reunir para avaliar o cenário e tomar as decisões.