Imagine-se em um trânsito engarrafado, em que situações imprevistas ocorrem simultaneamente: passageiro passando mal, em estado grave ou problemas mecânicos em um carro sem freio. Agora, imagine que esses problemas possam ocorrer no espaço aéreo. Para lidar com situações adversas e organizar o tráfego de aeronaves no ar, existe a função do Controlador de Tráfego Aéreo, essencial para dar agilidade e permitir o fluxo de aeronaves no País. Na data comemorativa da profissão, 20 de outubro, o Notaer preparou uma homenagem aos profissionais que atuam diariamente na segurança do espaço aéreo.
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Sargento Mário Wilton da Costa Bertolin há mais de sete anos atua no Controle de Aproximação de Brasília (APP – BR), órgão pertencente ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), de Brasília (DF). Entre as diferentes áreas de atuação, a função do Sargento Mário é cuidar das aproximações e decolagens do aeroporto de Brasília e outros aeródromos ao redor da cidade, em uma área de jurisdição de cerca de 100 km.
Além da responsabilidade de atuação profissional, desde 2013, o Sargento Mário tem participado da instrução de novos controladores e, mais recentemente, atuado como supervisor das equipes de controladores de tráfego aéreo do APP de Brasília.
Nosso serviço é muito dinâmico, seja por alterações meteorológicas, seja pela impraticabilidade de algum auxílio à navegação, demanda de tráfego, aeronave com prioridade para pouso que faz transporte de órgãos vitais ou emergência médica. Como controladores, atuamos visando a dar prioridade para esses casos especiais. – Sargento Mário Wilton
Uma das situações que marcou a carreira do Sargento Mário Wilton ocorreu em 2014, quando auxiliou o pouso forçado da aeronave comercial da OceanAir, voo ONE6393 que, na época, fazia o transporte de, aproximadamente, 70 pessoas de Petrolina para Brasília. “Aconteceu numa sexta-feira à tarde, quando fui chamado para assumir o console operacional. No contato com a aeronave, o piloto alegou que estava com pane no steering (espécie de volante da aeronave no solo) e havia perdido um dos sistemas hidráulicos, o que depois evoluiu para uma assimetria de flap. Também informou que não tinha indicação de trem de pouso, o que exigiria um pouso em emergência. Retirei outras aeronaves que estavam nas proximidades, para atender à situação de urgência. Como era uma aeronave que não conseguia descartar combustível durante o voo, o piloto solicitou fazer órbita (circular no ar), para consumir o máximo de combustível e se preparar para o pouso forçado de barriga, evitando uma possível explosão no atrito com o solo. Também coordenei o apoio ao solo, com médicos e bombeiros. O pouso de emergência foi realizado e ocasionou danos somente ao nariz da aeronave, devido ao recolhimento do trem de pouso dianteiro (bequilha) – já o trem de pouso principal manteve-se baixado e travado. Felizmente não houve feridos. Me senti bem em poder ajudar”, finalizou.
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Essa é uma entre as tantas histórias desses profissionais resilientes, que atuam diariamente para garantir a segurança do espaço aéreo e que merecem esta justa homenagem neste dia comemorativo.
Fonte: Agência Força Aérea
Edição: Richelson Xavier