Denarc conclui inquérito sobre lavagem de capitais de organização criminosa

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A Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) concluiu inquérito policial atinente a crime de lavagens de capitais relacionado à organização criminosa desarticulada em fevereiro e março deste ano, na Operação Conúbio. Na ocasião, 16 pessoas foram presas e indiciadas por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Após a comprovação dos crimes, a investigação se aprofundou no aspecto financeiro, com o apoio do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Estado de Goiás (LAB/LD-PCGO), coordenado pelo delegado Thiago Torres.

Após quebra de sigilo decretada pelo Poder Judiciário, o laboratório procedeu completa análise de dados bancários e fiscais dos indiciados, constatando que o grupo, no período investigado, movimentou mais de R$ 18 milhões. O relatório apontou ainda vínculos entre contas e declarações de renda; prática de atos destinados ao disfarce do auferimento criminoso de valores; padrões nas receitas e despesas da organização; além de inúmeras outras informações indispensáveis ao esclarecimento da lavagem de capitais.

Com base no que foi apurado em ambos os inquéritos policiais, foram sequestrados judicialmente, 18 automóveis, duas embarcações, uma casa, dois apartamentos, além de valores bloqueados em contas e apreendidos em espécie, bens e valores, avaliados em aproximadamente R$ 2,1 milhões, que, ao final do processo judicial, poderão ser revertidos em favor do poder público, haja vista a comprovação de origem criminosa.

Em se tratando de associações e organizações criminosas, é indispensável que a Polícia Judiciária atue no intuito de desestruturá-las financeiramente, e não somente comprovar materialidade e autoria – Vinícius Teles

Segundo titular da Denarc, delegado Vinícius Teles, a expertise dos profissionais do LAB/LD-PCGO foi fundamental para a comprovação técnica dos atos de lavagem e sonegação fiscal, o que revela a importância de sua implementação na Polícia Civil. “Em se tratando de associações e organizações criminosas, é indispensável que a Polícia Judiciária atue no intuito de desestruturá-las financeiramente, e não somente comprovar materialidade e autoria”, considerou.

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