Coronavírus: Procurador-geral de Justiça avalia que é cedo para flexibilizar isolamento social

O procurador-geral lembrou que a responsabilidade em conter o avanço da doença recai sobre todos
Procurador-geral de Justiça participa de videoconferência sobre Covid-19
Procurador-geral de Justiça participa de videoconferência sobre Covid-19

DA REDAÇÃO

O procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi, avalia que ainda não é o momento ideal para flexibilizar o isolamento social instituído em março para conter o novo coronavírus (Covid-19) em Goiás. “Reconhecemos todo o esforço dos comerciantes, industriais e de todos aqueles que fazem com que a economia gire no Estado, mas entendemos que o momento não é o melhor para flexibilizarmos”, afirmou, durante videoconferência, na manhã desta quinta-feira (28/5), coordenada pelo governador Ronaldo Caiado e com participação de membros do Ministério Público de Goiás (MP-GO), dos demais poderes, prefeitos, representantes classistas e pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Os professores universitários apresentaram os resultados de uma projeção mostrando que, caso o isolamento em Goiás se mantenha entre 36% e 38%, como está atualmente, o número de leitos em hospital não será suficiente para atender aos doentes e o Estado poderá ter até 6 mil vítimas até o final de julho.

“Há relação muito próxima entre isolamento e estrutura do sistema de saúde para atendimento aos contaminados. Temos a percepção muito clara de que começamos cedo o combate e ainda não encerramos esse processo. Precisamos caminhar e vemos claramente pelos estudos que estamos longe do fim”, afirmou Vechi, em referência às primeiras medidas de isolamento no Estado, tomadas em 17 de março, e à conclusão do estudo da UFG, mostrando que o isolamento ainda é necessário. O pico da contaminação, de acordo com a projeção dos pesquisadores, acontecerá no final de julho.

O procurador-geral lembrou que a responsabilidade em conter o avanço da doença recai sobre todos: “O problema não é só do poder público. Ele envolve e exige sinergia de toda a sociedade. Todos somos partícipes desse processo e a responsabilidade de cada um, enquanto cidadão, presidente, dirigente de órgão, seja da iniciativa privada ou do poder público, reforça nosso objetivo de preservar vidas.”

Vechi disse ainda que o MP-GO vê com bastante preocupação as iniciativas de flexibilização. “Os impactos na economia também serão sentidos no Estado, mas nós precisamos caminhar para salvar vidas. A preservação da vida é nosso principal objetivo neste momento”, concluiu.

Participaram da videoconferência as subprocuradoras-gerais de Justiça para Assuntos Institucionais, Laura Maria Ferreira Bueno, e para Assuntos Jurídicos, Ana Cristina Ribeiro Peternella França; a coordenadora da Área da Saúde do Centro de Apoio Operacional (CAO), promotora de Justiça Karina D’Abruzzo; e os promotores de Justiça Andréa Beatriz Rodrigues de Barcelos (Formosa), Cristhiano Menezes da Silva Caires (Caldas Novas), Fabrício Roriz Hipólito (Pires do Rio), Henrique Golin (Mineiros), Lorena Bittencourt de Toledo Lessa (Valparaíso), Marcus Antônio Ferreira Alves (Goiânia), Mário Henrique Caixeta (Inhumas), Marlene Nunes Freitas Bueno (Goiânia), Paulo Henrique Martorini (Anápolis) e Reuder Cavalcante Motta (Aparecida de Goiânia).

Fonte: www.mpgo.mp.br

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