Contrato renovado entre Anápolis e Saneago

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Mais de meio bilhão de reais será investido nos próximos 30 anos

Por Priscila Marçal

O novo contrato entre o município de Anápolis e a Saneago prevê o investimento de R$ 600 milhões de reais em obras nos próximos 30 anos. O documento assinado nesta quinta-feira (27), possui um cronograma de investimentos com metas a curto, médio e longo prazo, sendo que 85% da verba devem ser liberados até 2030.

Assinatura do contrato entre o município e a Saneago foi nesta quinta-feira, 27 de fevereiro

Segundo a Saneago, entre os desafios que Anápolis apresenta, estão os constantes desabastecimentos na cidade, perda de 40% da água tratada, ampliação da rede de abastecimento para a região sul (que sofreu com a falta de água em 2019), ampliação da rede de esgoto, aumento da captação de água bruta e aumento da capacidade de tratamento de água. O novo contrato promete resolver todos esses problema e ainda construir uma barragem para abastecer a cidade, obra que seria entregue à população nos próximos 8 anos.

Mas, apesar desses desafios, o novo contrato é visto com bons olhos pelos governantes. O prefeito do município, Roberto Naves, e o governado do Estado, Ronaldo Caiado, acreditam na renovação da Saneago e vislumbram uma nova era na administração da instituição.

Governador Ronaldo Caiado em discurso

“A atual gestão da Saneago é tecnicamente qualificada, diferente das anteriores, e vamos garantir o atendimento pleno aos anapolinos, por meio de um contrato transparente, com metas claras e bem definidas. Trata-se de uma nova Saneago e uma nova história para a cidade de Anápolis”, disse o governador Ronaldo Caiado.

Prefeito Roberto Naves em discurso

“Acreditamos numa nova Saneago liderada pelo governador Ronaldo Caiado e este é, sem dúvidas, o melhor caminho para a solução definitiva do problema de água em Anápolis”, ressalta o prefeito.

Problema da água

Resolver o problema da água em Anápolis foi promessa de campanha do prefeito Roberto Naves. Municipalização ou privatização do serviço foram alternativas estudadas pela gestão municipal. Mas depois de ampla discussão com órgãos competentes e realização de estudos prévios, essas hipóteses foram descartadas.

“Com toda essa situação e a incapacidade da prefeitura em investir por conta própria nessa necessidade real, esse foi o melhor modelo encontrado. Pegamos a prefeitura quebrada e não temos capacidade de investimento do tamanho que a cidade precisa e merece”, diz o prefeito Roberto Naves.

Segundo a gestão Naves, apesar da transposição do Rio Capivari para o Piancó, hoje a captação de água da cidade é igual à demanda. Ou seja, o sistema trabalha no limite, dificultando a instalação de novas empresas no município e a sustentabilidade das atuais. 

A prefeitura enxerga algumas vantagens com este novo contrato, como, por exemplo, a fiscalização, que será por meio de agências reguladoras, a princípio pela Agência Goiana Reguladora (AGR) e depois uma municipal.

Outra vantagem seria o aumento de 4% para 5% do repasse para o Fundo Municipal de Meio Ambiente e Saneamento Básico. Esse percentual é mensal e de acordo com o faturamento da empresa.

Investimentos

Alguns dos investimentos imediatos previstos no contrato já começaram a ser executados em novembro de 2019. Por exemplo, a construção de poços artesianos, ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA), construção de reservatórios, troca de bombas, três estações elevatórias para transposição de recursos hídricos de níveis diferentes de altitude e estudo de barragem.

A médio prazo está previsto ampliar a capacidade de coleta e tratamento de esgoto, 30% da cidade ainda não estão cobertos por esses serviços. Faltam 50 mil ligações para a universalização, sendo que região Oeste de Anápolis é a mais carente no momento.

Outro ponto de advertência é que a rede de galerias da cidade é extremamente antiga, sobretudo em algumas regiões, como a Central. Isso causa perdas de recursos hídricos e transtorno para a população no momento da restauração.

Barragem

Está prevista no contrato a criação de uma barragem para diminuir os riscos de escassez de água durante o período da estiagem. Estudos hidrológicos para definir o local onde será feito o barramento estão em fase de conclusão. A obra deve ser entregue à população em até 8 anos.

Algumas benfeitorias, entretanto, já estão com projetos prontos e com a licitação planejada. São os casos da ampliação da Estação de Tratamento de Água, interligação de 17 poços, e melhorias nas captações do Capivari e do Piancó, que ampliarão a vazão captada de 860 para 1.010 litros por segundo. Também estão previstas ações de preservação ambiental nesses e em outros rios.

Com informações de www.goias.gov.br e www.anapolis.go.gov.br

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