Condenação de Lula repercute no meio político de Anápolis

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Deputados e senador anapolinos avaliam decisão do Juiz Sérgio Moro que, pela primeira vez na história, condenou um Ex-Presidente da República. Lula foi penalizado com nove anos de prisão, mas pode recorrer em liberdade

 

Sentença do Juiz Federal Sérgio Moro condenou a nove anos e seis meses o Ex-Presidente Lula, por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no processo sobre a cobertura triplex, no Guarujá-SP. Lula, que é uma das maiores estrelas do Partido dos Trabalhadores, exerceu a Presidência durante dois mandatos, de 2003 a 2010 e elegeu sua sucessora, Dilma Rousseff, também do PT, que teve o mandato cassado pelo Congresso Nacional. Mesmo com as denúncias e processos que enfrenta na Justiça, Lula aparece nas pesquisas como um dos favoritos para a eleição à Presidência, em 2018. A defesa dele considera que a decisão do Juiz Sérgio Moro foi política.
A condenação de Lula teve ampla repercussão, principalmente, no meio político anapolino. O Deputado Federal Rubens Otoni (PT), diz que está tranquilo com o que deve ocorrer daqui para a frente, uma vez que, segundo ele, será demonstrado que o Lula foi condenado sem provas. “Querem retirar o direito das pessoas de escolherem o Presidente da República”, diz, acrescentando que o petista está bem posicionado em todas as pesquisas e seria este o fato que tem incomodado tanto. “Vamos reverter esta situação e estaremos amparados com o anseio popular”, acredita.
O Deputado Federal Alexandre Baldy (PODEMOS), também comentou, através de sua rede social, a condenação de Lula pelo Juiz Sérgio Moro: “Esta é apenas a primeira condenação de Lula. Ele está envolvido em outros processos e, com certeza, outras condenações chegarão, somando-se aos nove anos e meio de prisão. Todas essas respostas da Justiça são muito importantes no combate à corrupção e mostram à população que estamos juntos na luta contra a impunidade”, enfatizou o parlamentar.
O Senador Ronaldo Caiado (DEM), em entrevista coletiva, disse: “A sociedade brasileira vê, hoje, a Justiça sendo aplicada a quem já foi Presidente da República, a mais alta instituição do País. É uma demonstração de que o Brasil se adequa às práticas das democracias mais desenvolvidas. Uma demonstração de que aqui tem lei e ela está sendo aplicada a quem quer que seja”.
O senador ressaltou que durante todo o processo foi respeitado o direito ao contraditório e todas as etapas que garantem um julgamento equilibrado ao réu. “O juiz Sérgio Moro se cercou de todas as prerrogativas de modo que amanhã ninguém poderá insurgir quanto à legitimidade do processo”, ponderou.
O Deputado Estadual Carlos Antônio (PSDB), também, registrou a sua opinião em relação à condenação do Ex-Presidente Lula: “É o primeiro ato de uma peça de muitos atos. Sinaliza para a população brasileira que ninguém é imune à punição pela Justiça nesse País”, enfatizou o parlamentar.
PRISÃO
Embora condenado na Lava Jato, Lula não será preso, em razão de que a condenação é de um juiz de primeira instância. Para que a pena seja executada, é preciso que a decisão monocrática do Juiz Sérgio Moro seja confirmada por um colegiado que, no caso, é a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Esta turma é composta pelos desembargadores João Pedro Gebran, Leandro Paulsen e Victor Laus. Serão eles os responsáveis por revisarem as decisões de Sérgio Moro.
A decisão do Juiz Sérgio Moro também não fere a inelegibilidade de Lula, que só poderia acontecer, também, mediante uma condenação em segundo grau.

Texto  extraído do jornal contexto

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