Brasil tem menor média móvel de óbitos por Covid-19 em 11 meses: o que isso quer dizer?

Lazer no Parque do Ibirapuera após a flexibilização do isolamento social durante a pandemia de covid-19.
Lazer no Parque do Ibirapuera após a flexibilização do isolamento social durante a pandemia de covid-19.

O resultado desse cálculo é uma leitura que leva em conta a influência de todos os dias da semana e pode ser atualizada diariamente

DA REDAÇÃO

O Brasil registrou 367 óbitos por Covid-19 na média móvel nos últimos 7 dias, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Ainda de acordo com os registros do Painel Covid do Conass, a última vez que o país registrou uma média tão baixa quanto a dessa semana foi no dia 13 de novembro de 2020, quando o indicador ficou em 389. 

Para chegar ao resultado da média móvel, os pesquisadores das entidades que fazem esses levantamentos calculam a quantidade de casos e, em vez de contar apenas os registros das últimas 24 horas, eles somam os dados recentes com os dos 6 dias anteriores e dividem o resultado por sete.  

O resultado desse cálculo é uma leitura que leva em conta a influência de todos os dias da semana e pode ser atualizada diariamente. Ao considerar sempre todos os dias da semana, a média móvel de casos em sete dias pondera o represamento de notificações que ocorre nos fins de semana. 

O pesquisador em Covid-19 do Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB) e da Universidade de Brasília (UnB), Breno Adaid, explica que essa diminuição é natural por conta da vacina. “ Quando se fala em pandemia, é importante entender que são duas frentes distintas: óbitos e casos. Sobre os óbitos, nós temos uma quantidade que está em queda por conta da vacina, que imuniza e previne que a maioria dos casos evolua para o óbito. Já no cenário dos casos é importante entender o seguinte: estamos com uma variante extremamente contagiosa, a Delta. Além disso, as pessoas já vacinadas estão se expondo mais ao risco e uma hora acabam se contaminando. Com isso, elas não desenvolvem o quadro pior da doença e ficam espalhando o vírus em meio a população.”

Questionamos o pesquisador se a queda na média móvel poderia significar um possível fim da pandemia. “A vacina aumenta as chances da pessoa infectada  não morrer e o esperado é que os números continuem caindo. Mas os números não devem zerar porque ainda temos pessoas que se recusam a tomar a vacina e também temos pessoas com quadro  de saúde delicado e, contaminadas, podem piorar. Ou seja, para zerar de fato, teremos que ter uma vacina que elimine completamente o contágio ou teremos que conviver com número baixo de óbitos  mas com o vírus  presente na população”, finalizou o pesquisador.



Fonte: Brasil 61

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