Brasil completa um ano desde o primeiro caso de Covid-19

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Em um ano, são mais de 10 milhões de infectados e 250 mil mortes. Rádio Imprensa prepara uma retrospectiva dos principais fatos relacionados à Covid neste período

DA REDAÇÃO

A Rádio Imprensa preparou uma reportagem relembrando os principais fatos relacionados à Covid-19 para lembrar a data em que se completa 1 ano desde o primeiro caso confirmado da doença no país. Confira:

Brasil completa um ano desde o primeiro caso confirmado de covid-19

Produção e texto: Priscila Marçal; Edição: Reginaldo Simplício

No dia 26 de janeiro de 2020, uma notícia que colocou o Brasil em alerta: um homem de 61 anos foi internado em um hospital em São Paulo, após ter passado os dias do carnaval na Lombardia, na Itália, país que na época era o epicentro da doença no mundo. O anúncio foi feito, pelo então Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandeta.

A primeira morte por Covid-19 aqui no país foi no dia 12 de março. Nessa altura o contágio pelo novo Coronavírus já tinha perdido o controle e cada vez mais pessoas perdiam suas vidas para o vírus. No final de março, o ex-ministro Mandetta, previu que até abril haveria um colapso do sistema brasileiro de saúde, que seria incapaz de lidar com as hospitalizações em massa. No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro se referiu ao coronavírus como “uma gripezinha”.

Foi quando começou a polarização de opiniões a respeito de medidas de isolamento. Alguns a favor do lockdown, outros dizendo que as atividades econômicas não poderiam parar. Estados e municípios definiram protocolos próprios, muitos deles paralisando as atividades por longos dias, o que de fato afetou a economia.

Para ajudar as famílias dos mais afetados, o Governo Federal estruturou o Auxílio Emergencial, anunciado por Paulo Guedes em meado de março. O valor inicial previsto em R$ 200,00 reais aumentou para R$ 600,00 e depois foi prorrogado por mais quatro meses no valor de R$ 300,00, o que ajudou na crise financeira agravada pela pandemia, com a circulação da moeda no comércio e demais áreas da economia.

A pandemia do novo coronavírus foi marcada, também, pela epidemia de Fake News. Nunca se disseminou tantas notícias falsas como durante o período de enfrentamento do vírus, apesar de todo o trabalho de conscientização feita pela grande imprensa. Uma das notícias que mais marcaram o período foi a de que haveria escassez de produtos de higiene, como o papel higiênico, o que causou uma grande procura pelo produto nos supermercados, resultando, realmente, na falta deste, não porque não estava disponível no mercado, mas porque os supermercados não tinham tempo suficiente para repor o produto nas prateleiras, que logo eram esvaziadas novamente.

Durante a pandemia no Brasil, dois ministros da Saúde. Primeiro o Henrique Mandetta, menos de um mês depois, o Nelson Teich, que ficou poucos dias no cargo também anunciou sua saída. O motivo das demissões foi, principalmente, por discordâncias sobre protocolo do uso da cloroquina e hidroxicloroquina para tratamento da doença. O general de divisão Eduardo Pazuello, ficou como ministro interino por alguns meses até que fosse efetivado no cargo.

Em meio às polêmicas, polarização de diversas opiniões, aperto e afrouxamento das medidas de restrição, altas e baixas na economia… o país continua a registrar cada vez mais casos de Covid-19. Em 29 de junho, no dia pior dia da pandemia, o país registrou 1.554 mortes em apenas um dia. Em agosto os casos começaram a diminuir, dando à população uma falsa sensação de que a pandemia estava chegando ao fim. Com o relaxamento dos cuidados pessoais, uma nova onda da doença atingiu o país em novembro e de lá pra cá os casos voltaram a subir, principalmente no Estado do Amazonas, que sofreu com superlotação de hospitais e cemitérios, falta de oxigênio e falta de leitos para internar novos doentes.

Paralelamente à chegada da segunda onda, chegou a notícia da aprovação para uso das primeiras vacinas no mundo. O Brasil ainda demorou para iniciar a campanha de vacinação, ficando atrás de mais de 50 países até aplicar a primeira dose, em 17 de janeiro.

A vacina trouxe esperança sim, mas chegou junto com uma nova variante do vírus, ainda mais contagiosa e mais mortal. Este é o novo desafio que o país enfrenta agora.

Hoje, um ano após o primeiro caso confirmado da doença, o Brasil ainda está muito longe de vencer a Covid-19. Pouco mais de 2% da população está imunizada; os números de novos diagnósticos e novas mortes continuam crescendo; a população ainda não aprendeu com os erros do ano passado, quando abandonou os cuidados pessoais para evitar o contágio; e mais e mais vítimas são acrescentadas diariamente às estatísticas.

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