Anvisa mantêm recomendações sobre vacinação de adolescentes

Desde julho a vacina está liberada, sem restrição, para todos os públicos acima de 12 anos. Agência diz que investiga morte de adolescente vacinado, mas que dados disponíveis não “demandam” alterações na permissão de uso da vacina

Por G1

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que não há “evidências” que justifiquem a alteração da recomendação para uso do imunizante da Pfizer em todos os adolescentes entre 12 e 17 anos.

A agência afirma que investiga a morte de um adolescente de 16 anos que foi vacinado com a Pfizer. A Anvisa foi informada de que o paciente apresentou uma reação adversa grave após receber a primeira dose contra a Covid-19.

“Entretanto, com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina. (…) Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus risco para todas as vacinas, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”, informou a Anvisa.

Segundo a agência, os dados recebidos “ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para confirmar ou descartar a relação causal com a vacina”.

O que se sabe sobre o caso

A morte do jovem de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, ocorreu em 2 de setembro e também está sendo analisada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo.

O paciente tomou a primeira dose contra a Covid oito dias antes da morte. O protocolo, nesses casos, é que haja uma apuração para entender se a aplicação teve ou não relação com a reação adversa. Até o momento, segundo as autoridades sanitárias, não há nenhuma comprovação nesse sentido.

Quando o adolescente tomou a vacina?

Em 25 de agosto, o adolescente de 16 anos recebeu a primeira dose do imunizante da Pfizer em São Bernardo do Campo.

Quando começou a sentir sintomas e quais foram eles?

Em 26 de agosto, ele começou a sentir cansaço e falta de ar, segundo informações da Rede Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de São Paulo). No dia seguinte, procurou atendimento médico e voltou para casa. Depois, como não apresentou melhora, novamente foi ao Hospital Coração de Jesus, em Santo André. De lá, foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital e Maternidade Vida’s, em São Paulo, após um mal súbito. Em 2 de setembro, ela não resistiu e morreu.

Quem está responsável pela investigação do caso?

A Rede Cievs está fazendo o levantamento do caso, e vai avaliar a evolução clínica por meio do prontuário médico do adolescente; também será feita uma investigação e discussão técnica para analisar a causa da morte.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Quer enviar um recado?

Em breve você poderá enviar os seu recado por aqui. Por enquanto, fale conosco pelo WhatsApp!