Abate de suínos também teve o melhor trimestre da série histórica, que começou em 1997
DA REDAÇÃO
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou o relatório “Estatística da Produção Pecuária: Resultados Completos”, que reuniu os dados, referentes ao primeiro trimestre de 2021, de abates e exportações de frangos, suínos e bovinos, além da aquisição de leite e couro para o período, entre outros dados relevantes da produção agropecuária brasileira.
O documento revela que o abate de frangos confirmou a tendência já apontada pelo levantamento dos primeiros resultados, divulgado em maio, e bateu mais um recorde no primeiro trimestre de 2021, com 1,57 bilhão de cabeças abatidas. O número representa aumento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2020, e de 0,7% na comparação com o quarto trimestre de 2020.
“Como o desempenho das exportações de carne de frango permaneceram em patamares apenas razoáveis nesse trimestre, podemos considerar que boa parte desse aumento foi destinado ao consumo interno”, explica o relatório. O aumento no abate de frangos cresceu em 19 das 25 Unidades da Federação que participaram da pesquisa, com destaque para Goiás, com crescimento de 16,8 milhões de cabeças. No recorte por regiões, o Sul respondeu por 60,4% do abate nacional, seguido por Sudeste (19,2%), Centro-Oeste (14,6%), Nordeste (4,2%) e Norte (1,7%).
No que diz respeito aos suínos, os números também são positivos. No primeiro trimestre do ano, foram abatidas 12,62 milhões de cabeças. O número representa um aumento de 5,7% (ou 677,63 mil cabeças a mais) em relação ao primeiro trimestre de 2020 e de 0,6% na comparação com o período imediatamente anterior (quarto trimestre de 2020).
“Em uma comparação mensal, foram registrados os melhores resultados para os meses de janeiro, fevereiro e março, determinando assim, o melhor primeiro trimestre da série histórica desde que a pesquisa se iniciou, em 1997”, aponta o relatório.
O abate de 677,63 mil cabeças de suínos a mais foi impulsionado por aumentos em 14 das 25 Unidades Federativas participantes da pesquisa. Entre elas, destacam-se Santa Catarina (que lidera com 28,9% da participação nacional), Paraná (20,3%) e Rio Grande do Sul (17,5%). Ou seja: a região Sul respondeu por 66,6% do abate nacional de suínos. Em seguida aparecem as regiões Sudeste (17,7%), Centro-Oeste (14,6%), Nordeste (0,9%) e Norte (0,2%).
Abate de bovinos
No primeiro trimestre de 2021, foram abatidas 6,56 milhões de cabeças de bovinos, quantidade 10,6% inferior àquela obtida no primeiro trimestre de 2020 e 10,9% menor do que aquela registrada no trimestre imediatamente anterior. Houve reduções em 23 das 27 Unidades da Federação. Na série histórica, o resultado não atingia níveis tão baixos desde o primeiro trimestre de 2009.