Vendas no varejo variam -0,1% em fevereiro, de acordo com IBGE

A 4ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura começa neste sábado (18) e vai até 26 de agosto, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
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De acordo com a apuração, duas das oito atividades do comércio varejista apresentaram variação positiva, com destaque para Livros, jornais e revistas

DA REDAÇÃO

Em fevereiro de 2023, as vendas no comércio varejista registraram variação de -0,1% frente a janeiro. Em comparação com fevereiro de 2022, o comércio cresceu 1,0%, com alta de 1,3% nos últimos doze meses e de 1,8% no ano. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, subiu 1,7% em comparação com o mês anterior.

De acordo com Marcos Sarmento Melo, especialista em finanças e diretor da Valorum Empresarial, os resultados obtidos mostram uma estabilidade. “Ao longo de 2022, nós observamos um crescimento da atividade econômica no Brasil. O que nós estamos percebendo agora, é que existe uma certa estabilização da economia, muito em função da taxa de inflação que ainda está elevada”, aponta. 

De acordo com a apuração, duas das oito atividades do comércio varejista apresentaram variação positiva. “As únicas atividades a registrar crescimento nessa passagem para fevereiro foram as de artigos farmacêuticos médicos ortopédicos e de perfumaria com 1,4% de crescimento, e Livros, jornais, revistas e papelaria 4,7%”, informa o gerente da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), Cristiano Santos.

Para César Bergo, professor de Mercado Financeiro na Universidade de Brasília (UnB), o destaque da categoria de Livros, jornais e revistas se deu devido ao período que coincidiu com o início das atividades escolares e acadêmicas. “Geralmente, é comum aumentar a movimentação nesse segmento, e no farmacêutico também. Houve uma pressão em relação ao eventual aumento de preço, então as pessoas se antecipam nas compras, mostrando então uma melhora nesse segmento”, aponta.

As taxas negativas ficaram por conta dos Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-10,4%), Tecidos, vestuário e calçados (-6,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico, Móveis e eletrodomésticos (-1,7%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,7%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,3%). 

As duas atividades adicionais do varejo ampliado tiveram resultados opostos: Veículos e motos, partes e peças (1,4%) e Material de construção (-2,0%).

Projeção para os próximos meses

De acordo com Marcos Sarmento Melo, como o futuro da economia brasileira também é influenciado por questões externas, é difícil estipular uma projeção para os próximos meses. “Ainda tem o prosseguimento da guerra da Rússia com a Ucrânia. Também tem a situação de taxas básicas de juros em países importantes que estão em níveis elevados, assim como também inflação”, alerta.

Por isso, ele afirma que de modo geral, a atividade econômica brasileira em 2023 não deve apresentar uma grande variação, assim como o comércio varejista, que prosseguirá relativamente estável.

Para César Bergo, 2023 será um ano difícil para a economia do Brasil, mas a perspectiva é positiva para o varejo. “Tem algumas questões importantes com relação a tecnologia 5G, melhoria das empresas de infraestrutura, que devem favorecer as vendas na área de comunicações”, aponta.

Segundo o economista Newton Marques, o que leva ao aumento geral das vendas no comércio varejista, em geral, é a renda da população brasileira. O aumento do emprego e da renda leva a perspectivas positivas, mas isso depende de dois fatores fundamentais: a redução da taxa básica de juros, a Selic, e o aumento da massa salarial. “Esses impactos são muito bons, porque todas as vezes que o setor terciário, que é o setor de de comércio, apresenta um crescimento, ele puxa os setores primários e secundários”, explica.

Fonte: Brasil 61

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