Em julho deste ano, o volume de serviços no Brasil avançou 1,1% em relação ao mês anterior
DA REDAÇÃO
O volume de serviços no Brasil avançou 1,1% em julho de 2021 na comparação com o mês de junho, na série com ajuste sazonal. É a quarta alta seguida acumulando ganho de 5,8% no período. Com esse resultado, o setor está 3,9% acima de fevereiro de 2020, período pré-Covid-19, e também alcança o patamar mais elevado desde março de 2016.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços divulgada nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
“É a quarta taxa positiva seguida para o setor de serviços. Com esse resultado de crescimento do mês de julho, alcança o maior patamar desde março de 2016, ou seja, pouco mais de cinco anos”, afirmou o gerente da Pesquisa Mensal de Serviços, Rodrigo Lobo.
Em julho de 2021, o volume dos serviços avançou 17,8% frente a julho de 2020 com altas em todas as cinco atividades e em 75,9% dos 166 tipos de serviços investigados.
O acumulado do ano, frente a igual período de 2020, foi de 10,7%, com taxas positivas nas cinco atividades de divulgação e crescimento em 68,1% dos 166 tipos de serviços investigados.
Atividades pesquisadas
A alta de 1,1% de junho para julho de 2021 foi acompanhada por duas das cinco atividades investigadas. Uma delas foi serviços prestados às famílias (3,8%), acumulando um ganho de 38,4% entre abril e julho. A outra, os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%), com crescimento de 4,3% nos últimos três meses.
“O destaque são os serviços prestados às famílias que avançaram com incremento de receita das empresas de hotéis, restaurantes, serviços de buffet e empresas de parques de diversão e temáticos. A outra atividade que avançou frente a junho foram os serviços profissionais, administrativos e complementares em função do aumento de receita das empresas que atuam em atividades jurídicas, serviços de engenharia e soluções de pagamentos eletrônicos”, detalhou Rodrigo Lobo.
Apesar do avanço em julho, serviços prestados às famílias operam 23,2% abaixo do patamar de fevereiro de 2020. Essa é a única das cinco atividades que ainda não superou o nível pré-Covid-19.
No campo negativo vieram os serviços de informação e comunicação (-0,4%); os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,2%); e os outros serviços (-0,5%).
Crescimento nas unidades da federação
O volume de serviços cresceu em 15 das 27 unidades da federação em julho de 2021, ante o mês imediatamente anterior. As maiores altas ocorreram em São Paulo (1,4%), seguido por Rio Grande do Sul (3,4%), Minas Gerais (1,2%), Pernambuco (4,1%) e Paraná (1,5%). Já o Rio de Janeiro registrou a principal retração, 4,4%
Na comparação com julho de 2020, o crescimento dos serviços no Brasil (17,8%) foi acompanhado por 26 das 27 unidades da federação.
Avanço no setor de turismo
Em julho de 2021, o índice de atividades turísticas subiu 0,5% frente ao mês anterior, terceira taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 42,2%. O segmento de turismo ainda precisa crescer 32,7% para retornar ao patamar de fevereiro de 2020.
O índice de atividades turísticas é medido em 12 unidades da federação. Dessas, oito tiveram taxas positivas. Os estados com maiores taxas foram Pernambuco (9,5%), Santa Catarina (9,4%), Bahia (6,1%) e Rio de Janeiro (2,1%).