Ministro da Saúde avaliou ações de combate à pandemia e projeções na Câmara dos Deputados, citando ainda que Bolsonaro deve assinar acordo para produção de IFA no Brasil na próxima semana
DA REDAÇÃO
A população brasileira acima de 18 anos deve ser vacinada até o fim de 2021. É isso que estima Marcelo Queiroga. O ministro participou de audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (26), e avaliou as ações da pasta no combate à pandemia, com projeções futuras.
“Com as articulações realizadas pelo Ministério da Saúde será possível, com o empenho de todos, vacinar a população brasileira acima de 18 anos até o final de 2021. Essa é a nossa esperança, esse é o nosso compromisso”, afirmou Queiroga.
O ministro também adiantou um ato do governo federal que pode dar mais velocidade ao processo de imunização. Segundo ele, Bolsonaro deve assinar, já na próxima semana, um acordo para produção de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina contra a Covid-19 no Brasil, por meio de contrato com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na última semana, a produção de imunizantes do Instituto Butantan e da Fiocruz chegou a ser paralisada por falta de insumos da China. O ministro da Saúde lembrou no Congresso que, mesmo com a suspensão temporária, o Brasil é hoje “um dos cinco países que mais distribuem vacinas para a sua população.”
Vacinas e variantes
Dados do governo federal atualizados nesta quarta-feira mostram que 63 milhões de doses já foram aplicadas em todo o Brasil. A quantidade de doses enviadas aos governos locais, mas ainda não aplicadas, é maior. “Somente agora, no mês de maio, nós distribuímos mais de 30 milhões de vacinas para estados e municípios, e já distribuímos, desde o início da nossa campanha de vacinação, mais de 90 milhões de doses”, enumerou Marcelo Queiroga.
Em relação ao ranking mundial de países com população que recebeu pelo menos uma dose de imunização, o Brasil está em 3º lugar, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. O titular da Saúde ainda ressaltou que o país tem contratos de cerca de 600 milhões de doses de vacinas até 2022.
Queiroga evidenciou esses dados lembrando que o avanço da imunização da população é a única possibilidade de acabar com o caráter pandêmico da doença, e citou medidas de contenção de variantes para frear o avanço do vírus e permitir a retomada econômica.
“O Brasil precisa ter a atividade econômica resgatada. Nos preocupa em particular as possíveis mutações e variantes que surjam no Brasil ou em outros países, como é o caso da variante inicialmente descoberta na Índia e que nós já detectamos um indivíduo do estado do Maranhão, em um hospital privado”, disse.
Com o comunicado da infecção por essa variante, o ministro foi até o estado com uma equipe de saúde e promoveu ampliações de ferramentas de combate à pandemia. “Levamos 600 mil testes rápidos para o Maranhão e, após aprovação do PNI, mais 300 mil doses de vacinas para ter uma cobertura adicional e criar ali um cinturão para tentar conter uma transmissão comunitária dessa variante.”
Fonte: Brasil 61