Os chamados por Deus são aprovados por ele

Philip-Patterson-Biblia-transcrita-a-mao

I CO 15.58

Existe um tempo determinado para todas as coisas EC 3.1, creio que o tempo de avançarmos ainda mais, é agora. Para glória de Deus, se dermos uma olhada para trás vamos perceber que percorremos uma boa corrida, mais, o que Deus tem preparado para nós estamos ainda é o começo.
“Só o trabalho produz riqueza”.

É certo que precisamos trabalhar diligentemente, com aferição, buscando o resultado positivo, a eficiência. A bíblia nos mostra de forma clara, que a nossa missão é fazer nossa parte no semear e no regar, sabendo que é Deus que dá o crescimento, “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas” RM 11.36.

Conto com todos os membros e congregados nos serviços variados que abarca a Visão e Missão da Igreja: Na Igreja local, Igreja Universal, com seus dízimos, ofertas e mão de obra em geral. Os chamados e aprovados por Deus entendem esta convocação.

I – Os chamados por Deus dão frutos. Os chamados por Deus para o seu trabalho produz frutos, enquanto não distanciar dos propósitos da chamada divina. Lamentamos o número de servos e de servas chamados por Deus que estão dando frutos como espinheiro.

a) Chamado para desempenhar um cargo – A questão aqui implica numa chamada divina para desempenhar um cargo no reino. Muitos são chamados, mas, poucos são escolhidos (na entrevista com o Espírito Santo do Senhor, só irão ocupar o cargo aquele, aquela que seu perfil foi aceito). É necessário que assim se proceda, fechando a porta para os aventureiros, os mercenários, e os que querem apenas usufruir do rebanho. Já orientamos várias vezes, que não se deve apresentar a qualquer cargo para esperar fidelidade, pontualidade, companheirismo das pessoas que não tem perfil, mesmo que ele/ela prometa que daqui para frente vai ser fiel.

b) Porque existe obreiro que tem cargo e não exerce legitimamente o seu papel? Muitos obreiros conseguiram furar, driblar os homens de Deus que tentaram ajudar estes indivíduos com cargos, graduações ministeriais, com o jeitinho da misericórdia e depois puderam notar que tais pessoas não tinham a chamada divina para o exercício do ministério. Exemplo: Uma pessoa que aceitou a Jesus e converteu boa parte de sua vida, porém nunca se converteu financeiramente, sempre alega que não dizima por muitas razões e uma delas é que o dinheiro não sobra; mais em outras áreas ele é esforçado, bom companheiro, e aí, o dirigente resolve chamá-lo e prometê-lo uma consagração, ele então aceita a proposta e dizima até ser ordenado. Assim ele vai caminhando até chegar ao cargo máximo da hierarquia, ao cargo de pastor. Uma pergunta? Será que ele pode dirigir uma congregação, um campo? Este indivíduo não foi chamado por Deus para o seu santo ministério, isto é coisa de homens, ele deve permanecer sob aos cuidados pastorais até que alcance a estatura de varão perfeito. E notório aqui, verificar também que muitos obreiros têm problemas sérios com a família, com negócios, com relacionamentos duvidosos, sem perfil para liderar, ser exemplo dos fiéis, I TM 3.1-7.

c) A guerra, a disputa entre pastores para ver quem têm mais obreiros – Vergonhosamente isto vem acontecendo os oferecimentos de cargos. Mas vergonhoso é quem aceita este procedimento antiético, humano e vaidoso. E por isto estão colocando no ministério, homens adúlteros, forasteiros, divorciados, mal pagadores, desonestos, mal intencionados, sem exemplo familiar, neófitos. Olha como que eles fazem: Você ainda é auxiliar? Nunca viram a tua chamada, vem prá cá. Você tem quarenta anos de crente (40 anos) e nunca foi chamado para dirigir nem mesmo um pequena congregação. O que gostaria de ser? Presbítero, evangelista ou pastor? Pode escolher. E leva estes indivíduos em reuniões, convenções e ordenam, dão diploma, exige respeito ao cargo recebido dizendo ser de Deus. Não tema, isto é coisa de homens, precisamos condenar veemente estes indivíduos e aqueles que assim procedem.

II – Os chamados por Deus são conhecidos. Os chamados são aprovados por Deus, II TM 2.15. Todos conhecem um homem ou uma mulher chamado por Deus.
a) A primeira coisa a ser destacada é a sua conversão – Notamos pelo comportamento de sua Vida Nova, II CO 5.17. Quando falamos de vida, estamos globalizando tudo, tudo se fez novo, e as coisas velhas já passaram, ficaram para trás. A conversão é um divisor entre a nova e a velha vida. Quero citar aqui exemplos extraordinários dos apóstolos: Pedro e Paulo, quando puderam experimentar a inconfundível vida nova em Cristo Jesus.

b) Os chamados não estão preocupados com cargos para fazer a obra de Deus – É certo, que a Seara é grande e poucos são os ceifeiros. Estamos orando para Deus enviar obreiros para sua Seara. Não podemos nos queixar que os nossos púlpitos estão cheios de obreiros com cargo, sem carga. Se os nossos aproximadamente 1.800 obreiros de auxiliar a pastor, assumisse a carga do cargo, nosso campo seria outra realidade. Entendo que todos os quantos estão militando diligentemente a obra de Deus, nunca se preocuparam com o cargo e sim em como agradar a Deus trabalhando no seu reino.

c) Só o meu pastor que não vê a minha chamada, todos estão vendo – O que ouço de vez em quando é o obreiro chegar para mim e perguntar: É nesta convenção que o Senhor vai me apresentar para ser consagrado á evangelista, missionária, pastor? Eu fico numa dificuldade imensa de dar uma resposta neste sentido, porque a ordenação não pode estar á frente da chamada e aprovação de Deus. Vocês os dirigentes já passaram por isto muitas vezes, acabaram submetendo a uma pressão. O cargo para muita gente é status; disputa pessoal; vaidade; busca do prazer; e não uma chamada divina para o exercício de um ministério profícuo. Fico perguntando, será mesmo necessário o cargo para o crente trabalhar na seara? Creio que não. Agora é certo que o crente que tem a chamada divina ele é um valente trabalhador no reino de Deus, sabendo que seu trabalho não é vão no Senhor, I CO 15.58.

III – Os dias atuais estão sinalizando o fim de uma dispensação trabalhosa – A Igreja está atravessando um período de grande turbulência. O enfrentamento é inevitável, este processo está sendo tratado em cada nação, baseado na sua cultura, estilo de vida, padrão econômico. A sociedade está caminhando para o seu último desarranjo, no momento que está sociedade admite mudança no modelo familiar, se instala e desencadeia o caos. Pois a família é centro da ordem moral, espiritual e social. A família é um projeto de Deus, GN 2.21-24.

a) O obreiro chamado para este tempo – O obreiro precisa neste fim de tempo mais do nunca do dom de discernimento de Espírito, conhecendo e diferenciando o que é batalha espiritual e o que é dificuldades sociais, pessoais e individuais. O Senhor Jesus preveniu seus ministros que eles enfrentariam as astutas ciladas do diabo nas regiões celestiais. Nossa luta é contra os principados, potestades, príncipes das trevas, forças dominadoras e destruidoras, toda força e artimanha do diabo e que eles deveriam resistir firmes usando a armadura de Deus, EF 6.10-20; TG 4.7.

b) O obreiro é o responsável pelo Rebanho em tempo de perturbação – O grande enfrentamento na hipermodernidade é a falta de identidade. O conceito de moralidade que opera no campo do conhecimento humanista descaracteriza os padrões familiares, individuais, sociais, relativizando o individuo, a sociedade que, em busca dos seus anseios, desejos tornam-se presa fácil destes propagandistas voraz vestidos de pele de ovelhas. Nesta busca frenética, doentia por uma nova identidade, vem uma perturbação social, exigindo do obreiro um preparo para lidar com o rebanho dando uma direção segura e sábia.

c) O obreiro é a coluna da verdade – O obreiro do Senhor Jesus Cristo se posiciona como coluna da verdade I TM 3.15, EF 4.4. Coluna são a sustentação (estrutural) e equilíbrio do edifício. A coluna está apoiada em cima de uma base sólida e firme. A base do nosso ministério é a Palavra de Deus, nosso fundamento é Cristo Jesus, a Pedra Angular, rejeitada pelos edificadores que veio a tornar a Pedra de Esquina e de sustentação EF 2.20-23; MT 21.42. O obreiro não deve ser contado como: Maria vai com as outras; mais um no meio da multidão. Nossa definição já foi feita, sabemos o que queremos e o que somos e para onde estamos indo. Como disse o apóstolo Paulo: Eu sei em quem tenho crido II TM 1.12, estou certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia.

IV – O obreiro chamado e aprovado por Deus permanecem nos princípios bíblicos – Os costumes produzidos pela sociedade podem mudar com o passar dos anos, aparecendo novos hábitos bons ou ruins. Os costumes que defendemos não são os temporais, são os que o homem após sua conversão e contato direto com a Palavra de Deus aprendem, deixando a vida velha com seus rudimentos pecaminosos, JR 10.3-5; CL 3.1-17; ICO 15.33. A doutrina bíblica pode mudar de uma dispensação para outra, agora o que nunca vai mudar, são os princípios bíblicos, eles são eternos.

a) O que são princípios bíblicos? No grego, define-se: Origem GN 1.1; JO 1.1, causa primeira, princípio, semente. São ensinamentos básicos, verdades práticas contidas na Palavra de Deus e que devem ser aplicadas em todas as áreas de nossa vida: Familiar, social, espiritual.

b) Porque observar os princípios bíblicos?
1) – Para treinar a nossa mente no discernimento do bem e do mal, e nos capacitar a fugir do pecado, IS 7.14; EF 4.22-24.
2) – Os princípios bíblicos são verdades infalíveis e eternas, (SL 111.10, ler e meditar).
3) – Os princípios são verdades completas, inteiras, de onde todo conhecimento brota. Os princípios começam em Deus e terminam em Deus.
4) – Os princípios apresentam a ordem que Deus opera, GN 1.1.

c) Citemos alguns princípios bíblicos:
1) Caráter – Deus quer formar a imagem e a natureza de Jesus dentro de cada um de nós, até que alcancemos a unidade da fé, conhecimento do filho de Deus e a estatura de varão perfeito, EF 4.13.
2) Mordomia – Deus como proprietário de todas as coisas, tudo é Dele e para sua glória.
3) Auto-governo – Deus governa todas as coisas de modo absoluto e incontestável, os fenômenos naturais não significa que Deus saiu do controle da situação, pelo contrário é a sua vara para corrigir os desvarios da raça humana.
4) Semear e colher – a semente fala da origem, GL 6.7-9.
5) União – Aliança, pacto GN 2.18-24, Adão entendeu quando disse: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne.
6) Individualidade – Temos uma digital que é somente nossa.
7) Soberania de Deus – Deus é o Senhor, SL 24.1.
8) Juízo Divino – Julgamento, recompensa.
9) Santidade – estado de santo, uma vida pautada com a incondicional obediência. Saul foi um péssimo exemplo.
10) Retidão – Não desviar nem para a direita e nem para a esquerda.
11) Justiça- Equidade.
12) Nascimento virginal de Cristo – Promessa IS 7.14; AP 3.14 Jesus é o princípio da criação de Deus; AP 21.6, Ele é o princípio, e o fim.
13) Batismo – MC 16.16, cumprimento da justiça; testemunha pública de fé em Cristo; confirmação da vida nova; um quesito para a salvação, quem crer e for batizado será salvo.
Os princípios bíblicos são válidos: Em todo tempo, em todo lugar, para todas as pessoas, para todos os assuntos.

Conclusão:
Queremos concluir esta mensagem encorajando os obreiros a trabalharem pela fé que uma vez foi dada aos santos, que façamos todas as coisas na medida de nossa fé, que façamos com fé, pois, tudo é possível ao que crê. O obreiro chamado, aprovado por Deus, sua marca é a fé, que possibilita cumprir os desígnios de Deus em nossa vida. Somos obreiros do Senhor Jesus, não somos mercenários, falsos mestres, falsos pastores. Estamos cuidando do Rebanho de Cristo com sinceridade, integridade e verdade, preparando-o para encontrá-lo vitoriosamente.

Pastor Bertiê Magalhães
Presidente da Igreja Assembleia de Deus, Ministério Madureira em Anápolis-Go

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