O câncer de próstata, em evidência neste mês pela campanha de conscientização Novembro Azul, é o segundo tipo de tumor mais frequente entre os homens no Brasil. A adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios, não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool, contribui para a redução do risco de desenvolver a doença. No entanto, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados cerca de 71,7 mil novos casos por ano da doença no país entre 2023 e 2025.
Os exames de rastreamento, como o PSA (antígeno prostático específico) e o toque retal, são fundamentais para identificar alterações suspeitas. Embora o Ministério da Saúde não recomende o rastreamento populacional sistemático, a orientação é que homens com risco elevado, como aqueles com histórico familiar da doença, iniciem a discussão sobre rastreamento com seus médicos a partir dos 45 anos. Para homens com risco médio, essa conversa deve começar aos 50 anos, desde que tenham expectativa de vida superior a dez anos. O diagnóstico definitivo é feito por meio de biópsia da próstata.
O tratamento do câncer de próstata é definido de forma personalizada, levando em conta o estágio da doença, a idade do paciente e o estado geral de saúde. De acordo com o oncologista Rodrigo Fogace, do Einstein Goiânia, o tratamento é individualizado e varia conforme a fase da doença. “Nos estágios iniciais, é possível optar por vigilância ativa, cirurgia ou radioterapia. Já em casos mais avançados, o bloqueio hormonal e outras terapias podem garantir controle da doença e qualidade de vida ao paciente”, explica.
Entre os avanços mais relevantes está a cirurgia robótica, realizada no Einstein Goiânia com o robô Da Vinci Xi. A tecnologia oferece maior precisão, menor sangramento e recuperação mais rápida, além de reduzir o tempo de internação e o risco de complicações em comparação à cirurgia convencional. Em 2025, 67% das cirurgias robóticas da unidade foram destinadas ao tratamento da próstata. Estudos apontam resultados promissores tanto no controle oncológico quanto na preservação funcional: até 95% dos pacientes mantêm a continência urinária após um ano da cirurgia – e a taxa de cura ultrapassa 97% em casos localizados.
Para o especialista, o diagnóstico precoce continua sendo o principal aliado na luta contra o câncer de próstata. “A informação e o acompanhamento médico são essenciais para identificar a doença em fases iniciais e aumentar as chances de cura”, reforça Fogace.
Sobre o Einstein Goiânia
A unidade de Goiânia foi inaugurada em 2021 e é o primeiro hospital Einstein fora de São Paulo. Com 18 mil metros quadrados de área total, pronto atendimento 24 horas, 35 leitos operacionais, terapia intensiva e serviço de transplante de medula óssea, também conta com a primeira plataforma de cirurgia robótica do estado, com início em 2022, onde já atingiu a marca de 1500 procedimentos realizados até o momento. Em 2024, inaugurou o serviço de pediatria, que oferece uma jornada completa de atendimento para casos de alta e baixa complexidade em crianças e jovens. Além da assistência, a unidade possui um centro de ensino, inaugurado em 2023, com mais de 30 cursos de pós-graduação nas áreas de saúde e administração hospitalar, além de diversos cursos de curta duração. No mesmo ano, lançou também um centro de inovação, cujo objetivo é desenvolver tecnologias que possam beneficiar o setor de saúde na região.
Fonte e Foto: Fato Mais Comunicação