No início da manhã de hoje (29), os motoristas estão parados no pátio da empresa negociando sobre as reivindicações feitas
Por Priscila Marçal
A paralisação dos motoristas da coleta de lixo em Anápolis, prevista para hoje, está cercada de incertezas. No início desta manhã, os trabalhadores estão parados no pátio da empresa, negociando com os representantes da Quebec Ambiental – empresa contratada pela Prefeitura para prestar o serviço de coleta de lixo e limpeza pública em Anápolis (veja vídeo abaixo, enviado à Rádio Imprensa). As reivindicações são quanto ao reajuste salarial e pagamento de benefícios.
Ontem (28) a Quebec, enviou um ofício ao Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Município de Anápolis (Sittra) para esclarecer que a remuneração de seus motoristas já é acima da média salarial da categoria.
Segundo o documento, a média salarial dos motoristas em Anápolis é de R$ 1.932,00, já a remuneração dos motoristas da Quebec é de R$ 2.115,44. Ainda no ofício, a Quebec sugeriu que o valor do salário permaneça o mesmo e pediu um prazo para avaliar os demais pedidos da categoria. Por fim, finalizou sugerindo uma reunião para o dia 11 de setembro para nova negociação.
Segundo o secretário municipal de Obras, Meio Ambiente e Serviços Urbanos, Wederson Lopes, os caminhões estão circulando para a coleta de lixo na cidade hoje pela manhã, mas os trabalhadores permanecem no pátio em negociação com a Quebec Ambiental.
Impedimentos judiciais
Ontem (28), à noite, poucas horas antes do início do movimento, o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18) proibiu a paralisação total das atividades. Conforme divulgado pelo Portal 6, a decisão foi enviada ao Sittra. De acordo com o documento, os motoristas não poderiam cessar as atividades por completo, visto que a coleta de lixo é um serviço essencial à população. Deveriam, portanto, cumprir a porcentagem mínima de motoristas realizando o serviço.
Além disso, a decisão do TRT-18 aponta que a escolha do Sittra para representar os funcionários da Quebec Ambiental não é ideal, e sugere que o Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública e Ambiental, Coleta de Lixo e Similares do Estado de Goiás (Seacons), assuma as demandas dos trabalhadores da empresa.
Dessa forma, segundo o documento do TRT-18 (em informações divulgadas pelo Portal 6), o Sittra foi proibido de liderar, promover, incitar ou apoiar as paralisações, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
