Destruição das chuvas atingem ao menos 378 mil estudantes apenas da rede estadual de ensino.
Mãe de filhas cujas idades variam de 2 a 15 anos, Darlise foi afetada pela interrupção de aulas desde a creche ao ensino médio. Mesmo a escola de educação infantil da Isadora, de 5 anos que não foi destruída pela chuva, está sendo usada pela prefeitura como abrigo para pessoas que perderam as casas.
Até o início da semana, Darlise e as meninas estavam em um abrigo, mas ela resolveu se mudar com as filhas para a casa de um familiar. A dificuldade de acesso à educação é mais uma camada do ciclo de violação de direitos ao qual as famílias do Rio Grande do Sul têm sido submetidas.
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A secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, afirma que não é possível estabelecer uma data única para a volta às aulas. Segundo ela, as escolas retomarão as atividades de acordo com a situação particular de cada unidade que teve aulas perdidas.
Com boa parte das aulas suspensas, risco à aprendizagem e crianças e professores abalados, a rede escolar do Rio Grande do Sul parece estar de volta a 2020, quando a pandemia da covid-19 fechou salas em todo País.
O panorama, no entanto, é o registrado atualmente, após uma enchente histórica atingir o Estado e afetar pelo menos 378 mil alunos só na rede estadual, deixando parte desta geração mais uma vez sem acesso à educação, como na época da covid-19.
O cronograma incerto e o fato de muitas famílias ainda terem perdido tudo trazem preocupação a respeito da possibilidade de aumento da evasão escolar, sobretudo em uma situação na qual a busca de estudantes por parte do poder público pode ser prejudicada em um contexto de grande número de desalojados vivendo em abrigos ou mudando de cidades.
O governo estadual pretende instalar novas antenas de internet e ampliar a criação de pontos focais de educação, onde alunos e professores da rede poderiam acessar conteúdos online.
Fonte:R7