Escolas do Rio Grande do Sul vivem uma ‘nova pandemia’ sem prazo para volta total às aulas

Com aulas paralisadas na maioria das cidades, crianças brincam em abrigo na cidade de Canoas (RJ) (TON MOLINA/ESTADÃO CONTEÚDO - 10.05.2024)

Destruição das chuvas atingem ao menos 378 mil estudantes apenas da rede estadual de ensino.

Mãe de filhas cujas idades variam de 2 a 15 anos, Darlise foi afetada pela interrupção de aulas desde a creche ao ensino médio. Mesmo a escola de educação infantil da Isadora, de 5 anos que não foi destruída pela chuva, está sendo usada pela prefeitura como abrigo para pessoas que perderam as casas.

Até o início da semana, Darlise e as meninas estavam em um abrigo, mas ela resolveu se mudar com as filhas para a casa de um familiar. A dificuldade de acesso à educação é mais uma camada do ciclo de violação de direitos ao qual as famílias do Rio Grande do Sul têm sido submetidas.

Com aulas paralisadas na maioria das cidades, crianças brincam em abrigo na cidade de Canoas (RJ)(TON MOLINA/ESTADÃO CONTEÚDO – 10.05.2024)

A secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, afirma que não é possível estabelecer uma data única para a volta às aulas. Segundo ela, as escolas retomarão as atividades de acordo com a situação particular de cada unidade que teve aulas perdidas.

Com boa parte das aulas suspensas, risco à aprendizagem e crianças e professores abalados, a rede escolar do Rio Grande do Sul parece estar de volta a 2020, quando a pandemia da covid-19 fechou salas em todo País.

O panorama, no entanto, é o registrado atualmente, após uma enchente histórica atingir o Estado e afetar pelo menos 378 mil alunos só na rede estadual, deixando parte desta geração mais uma vez sem acesso à educação, como na época da covid-19.

O cronograma incerto e o fato de muitas famílias ainda terem perdido tudo trazem preocupação a respeito da possibilidade de aumento da evasão escolar, sobretudo em uma situação na qual a busca de estudantes por parte do poder público pode ser prejudicada em um contexto de grande número de desalojados vivendo em abrigos ou mudando de cidades.

O governo estadual pretende instalar novas antenas de internet e ampliar a criação de pontos focais de educação, onde alunos e professores da rede poderiam acessar conteúdos online.

Fonte:R7

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