Apenas no primeiro trimestre de 2025, o Estado já contabilizou 1.171 incêndios diversos
O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás registrou 12.445 incêndios urbanos, sendo 975 na categoria unifamiliar (casas) e 182 em prédios residenciais no ano passado. Este ano, já foram contabilizados 1380 incêndios: 234 incêndios unifamiliares e 51 multifamiliares.
No ano passado, o Brasil registrou um total de 2.453 ocorrências de incêndios estruturais, o que representa um aumento de 10,4% em relação a 2023, segundo dados do Instituto Sprinkler Brasil. A maioria das edificações no Brasil conta com sistemas de proteção que incluem detectores de fumaça nos corredores, extintores de incêndio, mangueiras, hidrantes, portas corta-fogo e alarmes sonoros e visuais. Muitos empreendimentos residenciais têm dois tipos de extintores: um específico para incêndios de classe A (madeira, papel, tecidos e plásticos) e outro para as classes B (gasolina, óleo e álcool) e C (equipamentos elétricos energizados).
Cuidados
“É fundamental utilizar o extintor adequado para cada situação, caso contrário os riscos podem ser agravados e com isto impactarem a segurança das pessoas e/ou danos materiais adicionais. Por exemplo, o uso de extintores de água (classe A) em incêndios que envolvem equipamentos elétricos energizados (classe C) pode agravar a situação. Utilizar um extintor de água em um incêndio de classe C pode resultar em choque elétrico, causando sérios danos ao operador”, alerta Alexandre Mitidieri, Diretor de Negócios da Kidde Global Solutions.
Ele acrescenta que já existe no mercado o extintor ABC, que é indicado para suprimir qualquer tipo de incêndio estrutural e possui uma durabilidade de cinco anos, ao contrário dos extintores convencionais que precisam ser trocados anualmente. Ele pode ser utilizado em ambientes residenciais e comerciais, como condomínios, hospitais, clínicas, hotéis, escolas, edifícios públicos e escritórios, proporcionando mais economia”, comenta.
Incêndios estruturais
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as principais causas de incêndios incluem problemas de manutenção, baixa qualidade dos equipamentos, ausência de sistemas adequados de combate ao fogo, além de curtos-circuitos provocados por instalações elétricas mal feitas, fiação antiga ou sobrecarga. Outros fatores de risco são descuidos com fogões, fósforos, velas e panelas deixadas no fogo; uso inadequado de carregadores de celular, aquecedores, extensões e benjamins; secadoras de roupas e descarte de bitucas de cigarro em locais proibidos.
Para se evitarem acidentes e incêndios de grandes proporções, são indicadas instruções básicas como utilizar disjuntores adequados; não sobrecarregar as instalações elétricas; não usar carregadores de celular que não sejam originais; não deixe panelas esquecidas no fogo e evite fumar deitado; ter cuidado com velas acesas e nunca deixe crianças manipularem panelas no fogo sem a supervisão de um adulto e ter a manutenção dos aparelhos elétricos em dia.
Por Nilton Pereira – com agências
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