O objetivo é evitar que a flexibilidade vire bagunça na alimentação da criançada
DA REDAÇÃO
As férias escolares são um período de quebra da rotina da criançada. Os horários ficam mais flexíveis e a agenda dos pequenos fica cheia de atividades repletas de diversão, com viagens e passeios. Com isso, a alimentação também pode sofrer alterações. As crianças podem consumir mais guloseimas, fast-foods e produtos industrializados que contém alto teor de sódio, açúcar e gordura. Além de maior possibilidade de indigestão, mal-estar e problemas intestinais, as crianças podem desenvolver reações alérgicas a esses produtos. Portanto, é importante que os pais redobrem a atenção para manter bons hábitos alimentares, com um cardápio que seja capaz de repor as energias gastas nas brincadeiras.
De acordo com a nutricionista do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), Fernanda Cabral, que atende a clínica de pediatria e a UTI Neonatal da unidade, é importante que os pais ou o acompanhante responsável ofereçam frutas e verduras, desde o momento em que a criança está no período da introdução alimentar. “A alimentação precisa ser variada desde cedo, sem excesso de temperos e alimentos industrializados em geral como biscoitos recheados e salgadinhos prontos. Para estimular a criança a comer, é sempre bom oferecer os alimentos de diversas formas com preparações diferentes”, orienta.
No verão, a nutricionista aconselha que a alimentação das crianças tenha alimentos mais frescos. “Os pais podem fazer picolés caseiros de frutas e sucos naturais, evitando assim aqueles sucos industrializados de caixinha ou em pó, evitar também o excesso de açúcar. Como opção de lanche, os pais podem oferecer salada de frutas e sanduíches naturais”. Nesta época do ano, também crescem os casos de gripes, resfriados e doenças respiratórias. Em relação à imunidade, a nutricionista explica que esses alimentos saudáveis fazem com que a criança reforce naturalmente seu sistema imunológico.
Alergias alimentares
Conforme informações da ONG norte-americana Food Allergy Research & Education, a cada três minutos, uma pessoa no mundo vai parar na emergência de um hospital devido a uma crise alérgica. A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) informa que a alergia alimentar causa nas pessoas reações adversas a um determinado alimento, envolvendo um mecanismo imunológico com apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrointestinal e respiratório. As reações podem ser leves, como simples coceira nos lábios, até reações graves que podem comprometer vários órgãos. A nutricionista Fernanda Cabral instrui que se a criança apresentar uma reação diferente ao alimento, como vômitos, diarreias ou febre, é importante que os pais a levem ao pediatra para que o profissional avalie e encaminhe a criança ao especialista. “A partir do diagnóstico do especialista, o nutricionista pode sugerir uma dieta mais adequada”, finaliza.
Fonte: www.goias.gov.br