O Censo 2022, divulgado pelo IBGE, mostra que os evangélicos continuam crescendo no Brasil, representando 26,9% da população com 10 anos ou mais — um aumento de 5,3 pontos percentuais desde 2010. Apesar do avanço, o ritmo de crescimento desacelerou nas últimas décadas. O grupo dos sem religião também aumentou, chegando a 9,3%, assim como as religiões de matriz africana (umbanda e candomblé), que cresceram de 0,3% para 1%.
Em contrapartida, os católicos apostólicos romanos tiveram uma queda significativa, caindo de 65% em 2010 para 56,7% em 2022, mantendo-se, porém, como a maior religião do país, especialmente no Nordeste e Sul. A população evangélica é mais jovem e se concentra mais nas regiões Norte e Centro-Oeste, enquanto os católicos predominam entre os mais velhos.
A pesquisa também destaca a diversidade religiosa crescente no país, com aumento de outras crenças como judaísmo, islamismo, budismo e tradições indígenas, e uma redução na proporção de espíritas.
Quanto a gênero, as mulheres predominam na maioria dos grupos religiosos, exceto entre os sem religião e nas tradições indígenas, onde os homens são maioria. Em termos de escolaridade, os espíritas apresentam o maior percentual com ensino superior completo, seguidos por umbanda, candomblé e outras religiosidades, enquanto os evangélicos e católicos têm maior taxa de analfabetismo.
Esses dados revelam um Brasil cada vez mais plural e em transformação religiosa, refletindo mudanças culturais e sociais em todo o país.
Com informações da Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil