Casos de dengue em Anápolis crescem 12% neste ano

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Os primeiros dois meses do ano registraram mais casos de Dengue que no mesmo período do ano passado

Por Priscila Marçal

Nesta semana Anápolis se espantou com a proximidade do coronavírus. Dois casos estão sendo investigados na cidade, isso causou certo receio entre os anapolinos, alguns já circulam nas ruas usando máscaras. Mas a preocupação com uma doença, não pode anular a prevenção contra outra que já provou ser até mais grave que o novo vírus e faz parte da nossa realidade há muitos anos: a Dengue.

Nos dois primeiros meses do ano passado, Anápolis notificou 1.582 casos de dengue. Foram 650 em Janeiro e 932 em Fevereiro. Neste ano esse número foi maior. Foram 702 casos em Janeiro e 1.081 em Fevereiro, um total de 1.783 casos, um aumento de 12%.

O que assusta a equipe de controle de endemias é que 2019 foi um ano considerado endêmico, ou seja, quando já é esperado um aumento no número dos casos, isso acontece a cada três anos. “Este ano não era para ser endêmico e já registrou mais casos de dengue que o ano passado”, disse Patrícia Godoi, gerente de Controle de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde.

A gerente reforça, também, que o trabalho preventivo está sendo realizado normalmente. Diariamente são 600 pessoas nas ruas, entre agentes de endemias e agentes de saúde, que monitoram os imóveis da cidade, isso sem contar o reforço dos soldados da Ala 2. Mesmo assim, os números continuam aumentando. “Estamos observando uma falta de envolvimento da população para combater o mosquito. A Dengue é real, está adoecendo pessoas, está fazendo vítimas”, disse Patrícia, que também lembra que no ano passado 7 pessoas morreram por causa da doença só aqui em Anápolis.

Segundo os registros da gerência de controle de endemias, o bairro Filostro Machado é o que mais registrou notificações da doença, seguido pela Vila União e Vila Jaiara. A maior quantidade de criadouros é encontrada em residências habitadas, não em lotes baldios. O principal criadouro do mosquito nas casas tem sido as calhas e lajes, especialmente em casas em construção.

Neste cenário de excessos de cuidados com a saúde, causado pelo coronavírus, onde o brasileiro tem investido na compra de máscaras e álcool em gel, há medidas gratuitas que podem ser adotadas para prevenir contra essa doença ainda mais perigosa em nossa realidade. A receita todo mundo conhece: é só não deixar água parada.

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