Caiado propõe política nacional de habitação para gerar empregos e minimizar efeitos da pandemia

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Setor da construção civil representa melhor estratégia para absorver mão de obra, fazer circular o dinheiro e minimizar a perda do auxílio emergencial de R$ 300, defende governador

DA REDAÇÃO

O governador Ronaldo Caiado propôs uma campanha nacional, a ser realizada a partir do início do ano que vem, para minimizar os efeitos econômicos advindos da pandemia de Covid-19. A afirmação foi feita durante entrevista ao jornalista Altair Tavares, da Rádio Bandeirantes 820 AM. “Não adianta ser político para transferir problema”, enfatizou Caiado. 

A ideia, informou o governador, foi debatida com o presidente da República, Jair Bolsonaro, durante o lançamento do Plano Nacional de Imunização, na semana passada. Caiado disse que vê com preocupação o fim do pagamento do auxílio emergencial feito pela União às pessoas mais vulneráveis. Por essa razão, trabalha para alavancar ações conjuntas que possam unir todas as esferas de governo: federal, estadual e municipal.

“Sei que o Tesouro Nacional não tem mais condições de arcar. Por outro lado, Goiás tem limitações fiscais, impedimentos legais de não poder aumentar gastos, mas tem capacidade de, junto com os prefeitos, alavancar ações de toda ordem”, ressaltou.

Segundo o governador, o setor da construção civil representa a melhor estratégia para absorver mão de obra, fazer circular o dinheiro, principalmente nos municípios, e minimizar a perda do auxílio emergencial de R$ 300.  O propósito, continuou, é intensificar a política de habitação, com a construção de moradias populares.

Na atual gestão estadual já foram gerados mais de 17 mil empregos, entre diretos e indiretos, com obras habitacionais.

Meta fiscal

Durante a entrevista, Caiado também afirmou que é meta de sua gestão levar o Estado a uma situação fiscal que o coloque entre os três melhores no ranking do País. Ele lembrou que, junto com Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, Goiás atualmente está na lanterna quando o assunto é o equilíbrio entre despesas e receitas, segundo avaliação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). é o quarto pior do ponto de vista fiscal.

“Eu me pergunto: falavam que, nos últimos 20 anos, Goiás foi bem governado. Mas como, se hoje temos impedimentos legais para fazer empréstimos, não podemos fazer concurso ou dar aumento aos servidores?”, questionou Caiado. “Quero entregar Goiás, no fim da gestão, no topo do ranking, entre os três melhores”, destacou.

Outro tópico abordado pelo governador foi a necessidade de a Justiça ser mais célere em casos de punição a corruptos e até na restituição, em forma de obras ou serviços para a população, do dinheiro que foi subtraído do erário. “Existe um divórcio no tempo em que a sociedade é penalizada, que é imediato, e no da pena ao assaltante, que vive com mordomias, tomando vinhos de preços altíssimos enquanto o cidadão está desassistido”, ponderou. “Não podemos tornar essas pessoas uma motivação para que outros políticos entrem na vida pública e façam como os anteriores fizeram”, conclui.

Fonte: www.goias.gov.br

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