Segundo o Serviço Geológico do Brasil – CPRM, o Brasil possui uma reserva de 48.000 t de Li2O contido. Isso corresponde a menos de 0.4% das reservas mundiais
DA REDAÇÃO
Nos últimos dias o mundo recebeu a notícia de que o Irã pode se tornar o segundo maior extrator de lítio do mundo. Isso fez que com que as empresas do setor se movimentassem. Já o público em geral pergunta: “para que serve o lítio?”
O lítio é um metal alcalino macio, altamente reativo na presença de água e oxigênio, com coloração prata esbranquiçada. Ele é o elemento mais leve e tem uma capacidade térmica elevada. O lítio é obtido de fontes naturais, como o pegmatito, espodumênio, lepidolita, entre outras.
O espodumênio é a principal fonte de lítio no mundo e é encontrado em grandes depósitos na Austrália, Canadá, China e EUA. O lítio é extraído a partir dessas fontes naturais por meio de um processo de extração química.
O lítio é altamente reativo na presença de água e oxigênio, formando hidróxido de lítio e óxido de lítio, respectivamente. Além disso, o lítio é um bom condutor de eletricidade e é capaz de formar ligas com outros metais.
O espodumênio é a principal fonte de lítio no mundo e é encontrado em grandes depósitos na Austrália, Canadá, China e EUA. O lítio é extraído a partir dessas fontes naturais por meio de um processo de extração química.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil – CPRM, o Brasil possui uma reserva de 48.000 t de Li2O contido _ o que corresponde a menos de 0.4% das reservas mundiais.
A participação do Brasil na comercialização é tão baixa que no Anuário Mineral Brasileiro, que tem o objetivo de divulgar as informações referentes ao desempenho mineral no país, não é nem demonstrada.
Em 2021 produziu-se um pouco mais de 700.000 toneladas desse minério.
Atualmente os minerais de lítio são utilizados como mineral industrial na indústria de vidros e cerâmica no Brasil. Utilizados como agente de fluxo em esmaltes e vidros, reduzindo a temperatura de fusão e melhorando a estabilidade do material. Ele também é utilizado em cerâmicas especiais de alta resistência e em alguns materiais refratários.
A produção de lítio no mundo está nas mãos de países como Austrália, Chile, China e Argentina, mas o Brasil poderá entrar para o mercado global por meio da mineradora Sigma, que começará a operar em Minas Gerais. E já em 2023 tem previsão de produzir 270 mil toneladas do metal.
A euforia do mercado da descoberta no Irã é porque o mercado de lítio é estratégico para as baterias recarregáveis. A bateria de íon de lítio foi desenvolvida nos anos 90, essa tecnologia revolucionou o mercado ao apresentar uma densidade de energia muito alta e menor tendência de auto-descarga em comparação com outras baterias. Além disso, o lítio é muito mais leve do que outros materiais utilizados em baterias, tornando os carros elétricos mais leves e eficientes.
Os carros elétricos também são a bola da vez na corrida para criação de baterias de lítio. Em 2022 mais de 10 milhões de veículos elétricos foram vendidos no mundo. Isso faz que cada vez mais seja necessário esse minério, para essa indústria que espera um crescimento de 40% na venda de carros elétricos durante o ano de 2023, apenas no Brasil. A informação é da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Por isso que notícias como a da descoberta do Irã faz com que o mercado aqueça e se movimente, e o lítio volte a ter projeção e se torna uma das matérias primas, mas requisitadas no momento. O valor médio da tonelada de carbonato de lítio saiu de US$ 13,89 mil em 2021 e bateu em US$ 84 mil a tonelada neste ano, um crescimento de 504,75%. É importante que a indústria do lítio se desenvolva de forma sustentável e responsável, equilibrando a necessidade de fornecer materiais para as tecnologias do futuro com a proteção do meio ambiente.
Fonte: Brasil 61