🚫 Anvisa proíbe a “Metbala”, bala com tadalafila promovida por influenciador Jon Vlogs

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Produto era divulgado como “legalizado”, mas não tinha registro na agência. Comercialização e uso estão proibidos; especialistas alertam para riscos graves à saúde.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, distribuição, propaganda e uso da “Metbala”, uma bala tipo gummy com tadalafila que vinha sendo promovida nas redes sociais pelo influenciador digital Jon Vlogs. O produto não tinha registro na Anvisa, tampouco autorização para fabricação ou venda no Brasil.

Mesmo assim, Jon Vlogs chegou a divulgar a bala como “100% legalizada e aprovada pela Anvisa” — o que não é verdade. Após a decisão da agência, o site oficial e os perfis da marca nas redes sociais foram retirados do ar.

O que é a Metbala?

A “Metbala” se apresentava como um suplemento funcional com ação estimulante, mas sua fórmula continha tadalafila, princípio ativo usado em medicamentos para tratar disfunção erétil, hiperplasia prostática benigna e hipertensão arterial pulmonar. Por se tratar de um fármaco de uso controlado, a tadalafila só pode ser comercializada com prescrição médica.

Além disso, segundo a Anvisa, nenhum alimento ou suplemento pode conter substâncias de uso exclusivo farmacêutico, o que torna a Metbala um produto irregular e perigoso para o consumo.

Uso recreativo em alta

Apesar da indicação médica clara, a tadalafila tem ganhado espaço no uso recreativo, especialmente entre jovens, inclusive como pré-treino em academias. A promessa de mais disposição, desempenho e energia tem atraído consumidores despreparados para os riscos.

Em 2024, o genérico da tadalafila foi o 5º medicamento mais vendido no Brasil, com mais de 61 milhões de unidades comercializadas, segundo dados da indústria farmacêutica.

Mercado bilionário e em expansão

O mercado global de medicamentos para disfunção erétil está em franco crescimento. Só em 2024, a tadalafila deve movimentar US$ 6,25 bilhões em todo o mundo. A expectativa é de que esse número salte para US$ 17 bilhões até 2034, impulsionado por novas formulações, marketing digital e maior procura por soluções de desempenho sexual.

Especialistas alertam para riscos à saúde

Médicos e farmacologistas alertam para os riscos da automedicação com tadalafila, especialmente sem supervisão profissional. Os principais efeitos colaterais incluem:

  • Riscos cardiovasculares, como arritmias, taquicardia e queda de pressão arterial;
  • Dores de cabeça, tontura e congestão nasal;
  • Problemas na visão, incluindo risco de perda visual súbita;
  • Interações perigosas com outros medicamentos, como os usados para pressão arterial ou dores no peito (nitratos).

O consumo irregular e sem indicação médica pode levar a danos permanentes à saúde, além de mascarar outras condições clínicas que merecem acompanhamento adequado.


🔎 Fique atento:
Suplementos que prometem “milagres” ou vêm com alegações de aprovação sem comprovação podem ser perigosos. Antes de usar qualquer substância que altere funções corporais, consulte um profissional de saúde.

Com informações The News

Foto: Reprodução / Redes sociais