PNAD contínua: taxa de desocupação em 2022 foi de 9,3%

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Em 2022, a taxa de desocupação teve um recuo em relação a 2021, que chegou a 13,2%, ou seja, cerca de 13,9 milhões de pessoas estavam desempregadas

DA REDAÇÃO

O IBGE publicou hoje (28), a Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD) contínua. Os dados divulgados mostram que em 2022, a taxa média de desocupação foi de 9,3%. O que significa que, se estimarmos a população economicamente ativa em 107 milhões de pessoas, aproximadamente, 10 milhões delas ocupariam a estatística de pessoas desocupadas. 

Em 2021, a taxa de desocupação chegou a 13,2%, ou seja, cerca de 13,9 milhões de pessoas estavam desempregadas, com base em uma população de 105 milhões de pessoas economicamente ativas. Se considerarmos uma população ocupada média, em 2022, esse número aumentou de 91 milhões para 98 milhões de pessoas.

O educador financeiro e economista Francisco Rodrigues afirma que esse é um resultado muito positivo se comparado à situação de 2021. 

“Esse resultado é muito positivo, dado que em 2020 nós tivemos um pico de 13,8, ou seja, caiu para mais de 13,9 milhões de pessoas que voltaram para o mercado de trabalho”, afirmou Rodrigues.

Considerando o nível de ocupados na população (em idade de trabalhar), em 2020, houve um aumento de 51,2% (ano da pandemia) para 56,6% em 2022. A média anual da população desalentada (população que fica fora da força de trabalho, ou seja, não conseguem trabalhos por não terem experiências, sendo jovens e idosos) caiu 19,9% em 2021. Passando de 5,5 milhões em 2020 para 4,3 milhões em 2022.

Além disso, o número médio de pessoas empregadas com carteira de trabalho teve um aumento de 9,2%, chegando a quase 36 milhões de pessoas. Já sem carteira de trabalho, o aumento foi ainda maior, sendo aproximadamente 15% e 13 milhões de pessoas sem carteira assinada. 

A pesquisa também mostra que, em 2022, os trabalhadores informais, ou seja, que trabalham por conta própria, também tiveram um aumento razoável _ cerca de 2,6%, aproximadamente 25,5 milhões de pessoas. Em relação a 2021, essa taxa caiu de 40,1% para 39,6% em 2022.

O economista Newton Ferreira da Silva explica que essa taxa de informalidade chama atenção, já que a taxa de trabalhadores por conta própria é diferente de trabalhadores sem carteira. 

“Esses dados chamam atenção, essa taxa de informalidade mostrando uma queda, ela não combina com o aumento dos trabalhadores sem carteira, se puder fazer um resumo, a gente vê que essa PNAD contínua tem dados que são conflitantes e tem dados que são muito bons”, analisa o economista. 

Em 2022, o valor médio do rendimento teve uma queda de quase 1%, o que significa um rendimento médio muito baixo, de aproximadamente R$ 2.715. Já a média anual da massa salarial real, ou seja, descontada a inflação, tem uma massa de R$ 261 bilhões, mostrando um aumento de 6,9%. 

Em relação às atividades a pecuária, agricultura, pescas e produção florestal sofreram uma queda, chegando a 8,7 milhões de trabalhadores em 2022. Em relação a 2012, quando esse grupamento alcançava 10,2 milhões de pessoas, a queda foi de 15,1%. Já os outros serviços tiveram um aumento de quase 18%, passando de 4,4 milhões de pessoas para 5,2 milhões. 

Os trabalhadores na indústria também são um dado muito importante: mostrou um aumento de 6,13% em relação a 2021. 

O economista ressalta que esses resultados foram provocados pelo chamado “voo de galinha”. Quando a mudança ainda é pequena. 

“Isso pode ter acontecido pelas mudanças da legislação trabalhista, isso pode ter acontecido por conta de que houve momentos de “voo de galinha”, ou seja, um pequeno aumento da atividade econômica, que acaba possibilitando resultados positivos, pelo lado dos empregos, segundo essa pesquisa da PNAD”, enfatiza Newton Ferreira. 


Fonte: Brasil 61

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