O País parecia se consolidar como uma economia de classe média, mas a recessão de 2014 e 2016 e os efeitos da pandemia interromperam esse processo
DA REDAÇÃO
O Brasil ficou mais pobre em dez anos. Entre 2012 e 2022, a fatia de domicílios brasileiros que integra as classes D e E aumentou de 48,7% para 51%, conforme a consultoria Tendências. São 37,7 milhões de domicílios compondo a base social neste ano. Não há um critério único para classificar as classes de renda. Conforme o levantamento, as classes D e E são compostas pelos domicílios com renda mensal de até R$ 2,8 mil.
Desde o início dos anos 2000 até meados da década passada, o País viu o fortalecimento da classe C e parecia, enfim, se consolidar como uma economia de classe média – em 2004, 64% dos domicílios integravam as classes D e E, enquanto 22,4% pertenciam ao grupo da classe C. Mas, a recessão observada entre 2014 e 2016 e os efeitos econômicos detonados pela pandemia de coronavírus interromperam esse processo.