Com saldo de quase 38 mil vagas criadas, Goiás sobe duas posições no ranking, na comparação com os três primeiros meses deste ano
DA REDAÇÃO
Goiás está entre os cinco estados do Brasil que mais geraram empregos formais durante o segundo trimestre de 2021. Os dados são do Boletim da Economia Goiana, elaborado pelo Instituto Mauro Borges (IMB), órgão jurisdicionado à Secretaria-Geral da Governadoria (SGG). Com saldo total de 37.987 vagas criadas, subiu duas posições na comparação com o primeiro trimestre de 2021.
Goiás ficou na quinta colocação, à frente de Bahia e Rio de Janeiro, por exemplo. O saldo é o resultado do número total de 302.405 movimentações realizadas no mercado de trabalho goiano, sendo 170.196 trabalhadores admitidos e 132.209 desligados. Os quatro primeiros lugares foram ocupados por São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Para o governador Ronaldo Caiado, criar um ambiente propício para a abertura de mais vagas de trabalho é um dos grandes objetivos da gestão. “Não tem coisa melhor, apesar das dificuldades, fazemos a tarefa de casa, e colocamos a economia goiana para girar”, destacou ele.
Consoante os dados apresentados pelo estudo do IMB, os setores que mais concentram empregos são relacionados ao comércio (19,8%); serviços públicos – administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais – (17,9%); e a indústria (12,5%). Esses três grupos foram responsáveis por 50,2% das ocupações em Goiás, entre abril e junho deste ano.
Com o intuito de relatar o desempenho econômico goiano em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o IMB identificou o impacto causado pela pandemia da Covid-19 nos principais segmentos econômicos da unidade federativa, como mercado de trabalho, fluxo comercial e o cenário de crédito.
“Estes dados apontam que estamos no caminho certo na proposta do governador Ronaldo Caiado para retomada da economia. Vemos que, na medida em que a vacinação contra a Covid-19 avança, o mercado volta à ativa e recontrata. A área do comércio é uma delas, conforme vemos no levantamento do IMB”, diz o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.
Já o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, José Vitti, avalia que as inúmeras ações do governo durante a pandemia para ajudar especialmente os micro e pequenos empreendedores foram determinantes para a recuperação e a geração de novos empregos formais. “Foram adotadas várias medidas que permitiram a volta dos empregos e a retomada das atividades econômicas mais importantes”, disse Vitti.
Para César Moura, secretário de Estado da Retomada, a qualificação da mão de obra também contribuiu para os números. “Quando a Secretaria da Retomada foi criada e assumimos o Sine, em agosto de 2020, a média de vagas ofertadas era de 500 oportunidades. Depois da implantação do Programa Mais Empregos, temos cerca de 4 mil vagas de trabalho. Muitas delas não são preenchidas, e isso também é um problema. Identificamos que muitas vezes o motivo é pela falta de qualificação profissional. Por determinação do governador Ronaldo Caiado, trabalhamos pesado na reformulação dos Colégios Tecnológicos, na capacitação dos trabalhadores goianos”, relata.
“Esse tipo de relatório é importante não somente para quem desenha políticas públicas no Estado de Goiás, como também é uma informação valiosa para os empresários e para a sociedade goiana. Com essas informações em mãos, os nossos agentes econômicos e a sociedade goiana poderão organizar, planejar suas ações econômicas para os próximos períodos”, ressaltou o economista responsável pela condução do estudo, Anderson Mutter Teixeira.
Desde de janeiro de 2021, a evolução do estoque de empregos em Goiás tem se mostrado crescente. No mês de junho, o número chegou a 1.325.030, quantidade 9% maior do que o mesmo período do ano anterior. Isso representa um acréscimo de 109.403 vagas geradas.
Desocupação diminui
Dados do estudo do IMB apontam ainda uma melhora significativa na taxa de desocupação do Estado goiano. Do 13º lugar entre as federações com as menores taxas de desocupação, no 2º trimestre de 2020, Goiás passou para a 8ª colocação, no 2º trimestre de 2021. O saldo positivo é de mais de 38 mil pessoas que deixaram a desocupação em relação ao mesmo período de 2020. Hoje, com taxa de 12,4% (contra 13,5% em 2020), o estado permanece abaixo da média nacional (14,1%).
Os resultados da pesquisa relacionam essa queda com o aumento das contratações em diversos setores do mercado. As atividades voltadas à saúde humana e serviços sociais; comunicação, atividades administrativas e financeiras; e os serviços domésticos foram os setores com o maior aumento no número de contratações. Ao todo, contabilizam 32 mil, 28 mil e 22 mil pessoas contratadas, respectivamente.
Com a imunização contra a covid-19 de uma parte significativa da população, o Boletim da Economia Goiana ressalta a expectativa de uma queda no desemprego no próximo trimestre, uma vez que há previsão de um fortalecimento da economia com a retomada das atividades econômicas mais afetadas pela crise sanitária, como bares, restaurante, atividades de lazer em geral.