Atualmente, o país conta com aproximadamente 17 milhões de pequenos negócios e 70% deles passaram a utilizar os serviços da internet
DA REDAÇÃO
Enquanto grandes marcas e empresas buscam adequar seus produtos e tecnologias para consumidores cada vez mais exigentes, há uma parte que ainda busca atualização das suas ferramentas de trabalho para não ficar no prejuízo. São donos de restaurantes, confeitarias, lojas de roupas, farmácias, salões de beleza e oficinas mecânicas, que precisam ter um diferencial para fidelizar este cliente que agora movimenta o comércio próximo da sua residência.
Atualmente, o país conta com aproximadamente 17 milhões de pequenos negócios e 70% deles passaram a utilizar os serviços da internet. A pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), apontou a digitalização das atividades como a grande oportunidade de reduzir o impacto nos rendimentos. A cada dez empresas, pelo menos sete já atuam nas redes sociais ou aplicativos para melhorar o faturamento. De olho nessa necessidade de mercado, as cidades inteligentes da Planet Smart City, como a Smart City Laguna, que foi construída do zero no Brasil, disponibiliza uma consultoria estratégica para que o comércio local siga crescendo e atendendo as exigências dos moradores. Veja a seguir as dicas separadas pela consultora e mentora de novos negócios Romênia Matos para alavancar a sua empresa, seja ela pequena ou média.
1 – Plano de negócio
É fundamental conhecer em detalhes todos os processos relacionados ao seu negócio, suas finanças, fornecedores, as entradas de matéria-prima e saída de produtos. Para saber e controlar tudo isso é preciso elaborar um plano de negócios, a fim de mapear oportunidades, atingir novos clientes, investimentos e possíveis parceiros e fornecedores.
2 – Custos e contas a receber
Para que a empresa seja mais lucrativa, é preciso ficar de olho nos custos fixos, para que não ultrapassem o tamanho do negócio. Se os gastos estiverem elevados demais em relação à capacidade financeira, você vai consumir a sua margem de lucro. As contas a receber também devem ser sempre conferidas. “É possível que grande parte da sua margem de lucro esteja acumulada no crédito concedido a clientes ou em valores que serão repassados futuramente”, alerta a consultora.
3 – Perfil do cliente
Após compreender os processos financeiros e os custos da empresa, é necessário investigar o perfil do cliente, bem como sua faixa etária, costumes e necessidades, para entender quais são os melhores canais para se comunicar e saber os produtos e serviços que ele precisa.
4 – Precificação de produto ou serviço
Colocar o valor errado no produto ou serviço pode reduzir a margem de lucro do negócio. Por isso é tão importante conhecer os custos fixos. Com essas informações e o que descobrir sobre o perfil do cliente é possível identificar se há espaço para aumentar os preços que pratica ou criar campanhas promocionais e descontos.
5 – Gerenciamento de estoque
Para equilibrar o estoque, avalie quais produtos têm maior procura e aqueles que têm baixa demanda. Com isso, será possível adequar as vendas e as compras para manter o lucro e não perder dinheiro com itens acumulados ou fora do prazo de validade.
6 – A estratégia do desconto
A estratégia de descontos nos produtos não pode ser feita de forma aleatória. “As vendas ficam aquecidas porque os descontos foram estipulados de forma arbitrária, mas o preço final dos produtos não alcançam os custos e isso desequilibra o caixa”, diz Romênia. Por isso, é necessário entender o perfil do cliente antes de oferecer descontos.
7 – Identificação da concorrência
“Em um mercado competitivo, saber identificar e acompanhar a concorrência é questão de sobrevivência”, sublinha a consultora de negócios. Mas, para reconhecê-la, antes de tudo é preciso conhecer as características da própria empresa, como os produtos ou serviços que comercializa, definir o seu negócio, capacidade de atendimento e locais de atuação. Para isso, vale fazer duas perguntas: “Quem é o meu concorrente direto?”. Aquele que vende os mesmos produtos, com a mesma faixa de preço. “Quem é meu concorrente indireto?”. Aquele que não vende os mesmos produtos, mas atinge o público-alvo com uma estratégia clara de substituição de produto.
8 – Instagram como vitrine de vendas
O Instagram é uma rede dinâmica e visual, o que permite interagir em tempo real com os clientes, já que eles visualizam produtos na hora que são postados. “Crie uma BIO atraente, coloque uma boa foto ou logo, otimize seu nome, seja objetivo com o produto deixando claro o que vende, insira um link mostrando que tem a solução, adicione botões de ação, telefone de contato, WhatsApp, localização e crie destaque relevantes com ícones. “Crie conteúdos relevantes, lembrando que pessoas se conectam com pessoas e não apenas produtos”, diz Romênia.
9 – WhatsApp Business como ferramenta de negócios
É uma ferramenta gratuita e essencial nos tempos atuais. Primeiro, crie uma identidade visual própria da marca. Assim, quando alguém entrar em contato pelas redes sociais ou WhatsApp, já saberá logo de cara do que se trata. Outra dica é criar um perfil comercial com catálogos (portfólio dos produtos) e mensagens de saudações (Olá, tudo bem? Seja bem vindo à nossa loja! Estamos em atendimento, assim que possível retornaremos o seu contato). E, quando não puder responder, uma mensagem automática deve ser enviada ao cliente.
10 – Investimento nas vendas online
Com a pandemia, muitos negócios sobreviveram graças às vendas online e delivery. “É uma tendência sem volta”, afirma Romênia Matos. Portanto, vale aperfeiçoar cada vez mais os canais online e as redes sociais, mantendo uma boa estrutura de resposta e entrega, para turbinar as vendas, garantir os lucros e a perenidade do negócio.