Amauri Ribeiro (Patriota) explicou o motivo de fala polêmica e acusa vereadora de crimes como invasão de privacidade e quebras de direitos de adolescente grávida
Por Priscila Marçal
Uma fala polêmica do deputado estadual Amauri Ribeiro (Patriota) repercutiu na mídia goiana. O parlamentar usou a tribuna da Assembleia Legislativa, para dizer que a vereadora Lucíula do Recando (PSD) “merecia um tiro na cara”. Hoje (12), o deputado concedeu entrevista à Rádio Imprensa para dar a sua versão sobre o assunto.
Amauri disponibilizou vídeos e documentos que apontam que a vereadora teria extrapolado sua autoridade política uma casa durante uma investigação de maus-tratos de animais. “Ela invadiu uma residência sem mandato e mandou prender uma adolescente de 16 anos grávida”, contou.
A ação contra maus-tratos a animais foi realizada no dia 19 de maio deste ano. O ato foi filmado pela própria vereadora, que disponibilizou o vídeo em suas redes sociais. As imagens mostram quando a vereadora, acompanhada da Guarda Civil Municipal, encontra cerca de 40 galos e cachorros que estariam “mutilados”.
O deputado disse que visitou a residência após o ato e ouviu as partes envolvidas. Essa visita também foi filmada. Nas imagens o dono da residência aparece chorando, mostra documentos que comprovariam que ele tinha autorização do IBAMA para criar galos ‘Mura’. Segundo o deputado, os galos não estariam mutilados. “A mutilação que a vereadora cita são as esporas dos galos que foram retiradas e os maus-tratos aos cachorros eram carrapatos que eles tinham”, disse.
Durante a entrevista na Rádio Imprensa, o jornalista Nilton Pereira perguntou qual era a intenção do deputado ao falar que a vereadora “merecia um tiro na cara”, Amauri respondeu que fez um comentário e não uma ameaça. “Eu fiz um comentário sobre o que a vereadora fez na casa de um cidadão de bem que não é bandido. Ele nunca foi preso por roubar, por matar ou por extorquir ninguém. Eu fiz um comentário sobre o absurdo que ela fez e disse que quem faz isso merece levar um tiro na cara”, explicou.
Já a jornalista Priscila Marçal perguntou como o deputado considera a repercussão de que ele teria sido machista ao criticar a vereadora. “Eu não estou discutindo com a mulher. Eu estou discutindo com o cargo. Se mulher não quer discutir com homem, num cargo público, no mesmo nível, não se candidate”, afirmou.
Segundo o deputado, esse caso será resolvido na esfera jurídica. “Já entramos, com a família, com um processo contra a vereadora na delegacia de Criança e Adolescente; também vai responder por invasão de domicílio”, finalizou.
Escute na íntegra a entrevista com o deputado Amauri Ribeiro na Rádio Imprensa: